O Macho e a Pseudofêmea

 

                            Os 47,5 % de machos se juntavam a 2,5 % das mulheres (pseudofêmeas) para compor os 50,0 % ideais que iam à guerra de caça, no Modelo da Caverna dos homens caçadores e das mulheres coletoras. Ficavam 47,5 % de fêmeas e 2,5 % de homens (pseudomachos).

                            Essas mulheres que iam eram no corpo mulheres e na mente homens. Seu COMPORTAMENTO MENTAL era em tudo semelhante ao dos machos e quando voltavam às cavernas iam atrás das fêmeas. Mas iam à caça porque a Natureza não é boba, quando os machos ficavam muito tempo longe das fêmeas eles tinham de descarregar (porque o gozo masculino, como já mostrei, é descarrego, é instantâneo e continuo, deve acontecer todos os dias, às vezes várias vezes por dia na adolescência, no auge da potência de corpo), nem que fosse nas pseudofêmeas, metade das quais (a metade mais afortunada) era estéril e metade fértil, diz o modelo. Estas, quando emprenhadas, sofriam horrores, em todos os sentidos, porque suas gravidezes são, em tudo, piores que as das fêmeas. E devem ter sido elas a desenvolver métodos anticoncepcionais, porque às da caverna não interessava.

                            Que faziam machos e pseudofêmeas na caça?

                            Compartilhavam, claro, como companheiros de caça, guerreiros em batalha. Assim, como já mostrei, nas forças armadas e em tudo que for militar devem ser formadas duplas homem-e-mulher, mas as fêmeas não devem ser enviadas a batalhas suicidas PORQUE se tornarão um peso; devem ser enviadas as pseudofêmeas, que mentalmente são machos. Mas, enquanto isso, NA CAÇA (quando voltavam para a caverna a coisa era diferente, seus corpos se confundiam com os outros corpos de mulheres) as pseudofêmeas eram tratadas como machos pelos machos, daí podermos rastrear até hoje isso no serviço, aquelas mulheres que gostam de ser tratadas como companheiros, que bebem tal como, que se esforçam como se tivessem corpos másculos (mas que, por não terem, “dão o prego” logo).

                            Entrementes, na caça, quando não havia fêmeas por perto os machos “se serviam” (muitas vezes a pulso, como que estuprando um homem) das pseudofêmeas, a custo. E dessa ligação, que seria mentalmente homossexualidade, podiam sair algumas grandes amizades, como podemos pensar, ou seja, a questão da sexualidade é extraordinariamente mais complicada do que pensávamos antes.       E as pseudofêmeas, ao voltar, tinham “inveja do pênis” (foi com isso que Freud acidentalmente se deparou), se tornavam em sua frustração brutais com as fêmeas.

                            Vitória, domingo, 04 de janeiro de 2004.