sábado, 29 de abril de 2017


Dois Erros Americanos

 

                            Ouvi num seriado boboca um personagem dizer: “da época em que nós achávamos que os russos eram competentes”. Como a URSS caiu em 1991, isso foi antes, e desde 1917, por 74 anos os americanos temeram os russos e os soviéticos. A URSS desabou de 2,7 trilhões de dólares, quinze repúblicas e não sei quantas regiões autônomas em vinte e dois milhões de quilômetros quadrados, creio, fora os satélites da Europa, para um PIB russo de 450 bilhões e uma população de 145 milhões, ambos os números menores que os do Brasil.

                            Que avaliação ruinzinha, hem?!

                            E isso na nação mais poderosa do mundo, com maiores recursos.

                            Por outro lado, os EUA não deram muita importância à China, que está crescendo dentro do Caminho de Duas Vias desde 1986, tendo saído de 400 bilhões, na base de crescimento anual de mais de 10 % (fiquemos nisso) para mais de 2.000 bilhões, um quinto do PIB americano, sem dar mostras de arrefecer. Kissinger foi lá, a mando de Nixon e de sua própria convicção para disparar esse crescimento, que vai dar um bocado de dores de cabeça, porque os chineses não são os russos.

                            Que avaliação ruinzinha, hem?!

                            E isso na nação mais poderosa do mundo, com maiores recursos.

                            Quem quer ser sócio de uma coisa dessas, se os Estados Unidos colocam a todos em risco com suas avaliações deploráveis?

                            O mundo precisa reavaliar essa direção-sentido americana (o), ainda mais agora que eles estão fascistizando de forma tão acelerada; e o Brasil mais que o mundo, porque os EUA eram o defensor imediato do país, do qual nem pensávamos descolar. É hora de desenhar cenários de guerra em que os EUA estejam envolvidos e sejam ofendidos dentro deles, como já falei desde o modelo. Lá anunciei que a próxima guerra seria travada em solo americano – siga a trilha.

                            Vitória, quinta-feira, 15 de janeiro de 2004.

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