O Último Degrau
No livro A Experiência Matemática, Rio de
Janeiro, Francisco Alves, 1985 (sobre original americano de 1982), p. 144, os
autores Philip J. Davis e Reuben Hersh, citam Sa’id ibn Yusuf (Saadia Gaon,
“filósofo, teólogo, líder proeminente da comunidade judia da Babilônia”, como
refere o texto – Egito, 882 a 942), que diz: “o último degrau na escada do
conhecimento é o mais abstrato e sutil de todos”.
O livro é de antes
do início do modelo, que é de 1992, situando-se, portanto, 10 anos além da
fonte americana: eu já havia lido o livro, mas a passagem não chamou a atenção
porque não havia construído o modelo do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral e nele não havia
deparado com a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2,
Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6).
O “degrau mais alto”
é no modelo a Dialógica/p.6 e de fato é o mais sutil de todos, porque em o
falando o Ser fala tudo abaixo. É o mais compacto e o mais perfeito, capaz de
explicar todos os elementos de baixo, todas a pontes e todas as escadas, todos
os avanços e todos os saltos, todas as evoluções e todas as revoluções. Mas
resta acima ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele, que se situa além do finito.
A questão não é se
está lá, mas se chegaremos. É claro que Gaon não sabia do modelo e apenas
poderia referenciar algo “tão alto” que fosse completamente sutil e explicativo,
uma espécie de EQUAÇÃO GERAL que explanasse efetivamente tudo. Estamos longe,
relativamente, tendo chegado apenas à Psicologia/p.3, que nem matematizada
está; por enquanto estamos matematizando a Biologia/p.2, falta muito para
atingirmos a Informática/p.4, que não é essa física que está aí.
Não é curioso?
As pessoas não sabem
expressar com fidelidade, mas de dentro delas vem um APELO ESCATOLÓGICO, como
chamei, no sentido de falarem, de darem testemunho, de apontarem, ainda que não
saibam nem onde, nem quando, nem o quê irá realizar-se, tornar-se real.
É formidável.
Vitória,
terça-feira, 06 de janeiro de 2004.
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