terça-feira, 25 de abril de 2017


O Modelo da Língua

 

                            Já vimos que a Língua geral é, além de memória, o ADRN da herança psicológica, porque tudo passa através dela, é convertido HUMANAMENTE por meio dela. E as línguas evoluem-revoluem-reevoluem (ou avançam-saltam-reavançam) nos modos políticos (fase escravista das línguas, fase feudalista, fase capitalista, fase socialista, fase comunista, fase anarquista – em que os substantivos, adjetivos, verbos, advérbios mais usados são quantitativa e qualitativamente regrados, obedecem a regras estruturais e superestruturais).

                            Tudo do TER (matéria, energia e informação) e do SER (memória, inteligência e controle) passa através da Língua nos cinco mundos (primeiro a quinto, sendo o mais avançado mundo o de mais avançada língua, coincidentemente), é comunicado por meio dela, trivialmente, porque todos sabem que falamos, com maior ou menor apuro ou exigência de si, e não-trivialmente em cinco níveis de manifestação e de ocultação, ato permanente de ocultar, de segredar.

                            Contudo, perguntemos, nós poderíamos identificar DENTRO DA LÍNGUA os ÍNDICES METALINGUÍSTICOS que nos dissessem por onde aquela língua em especial (digamos, o português) trafega nessa construção que reciprocamente faz das pessoambientes? É evidente, exceto para os idiotas, que não existe mente na língua portuguesa que não coincida com as mentes das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) que as falam. As mentes que falam o português são mentes pessoambientais, não existe um ente-língua que fale; porém, posto o cuidado de não nos alienarmos da compreensão concreta, vale a pena procurar os traços ou índices de autoconstrução, ou APELO ESCATOLÓGICO que a língua, uma vez existente, faz aos falantes. PARA QUANDO E ONDE a língua se constrói, qual é o espaçotempo ou geo-história psicológica que ela vai fazendo ao ser feita? E mirando o quê? Que almas nacionais o português constrói?

                            Em que tabelas laterais mais ou menos fixas, em que balizamentos a Língua geral, todas as línguas humanas e em particular o português se meteram? Quais são seus limites?

                            Vitória, domingo, 04 de janeiro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário