O Modelo da Língua
Já vimos que a
Língua geral é, além de memória, o ADRN da herança psicológica, porque tudo
passa através dela, é convertido HUMANAMENTE por meio dela. E as línguas
evoluem-revoluem-reevoluem (ou avançam-saltam-reavançam) nos modos políticos
(fase escravista das línguas, fase feudalista, fase capitalista, fase
socialista, fase comunista, fase anarquista – em que os substantivos,
adjetivos, verbos, advérbios mais usados são quantitativa e qualitativamente
regrados, obedecem a regras estruturais e superestruturais).
Tudo do TER
(matéria, energia e informação) e do SER (memória, inteligência e controle) passa
através da Língua nos cinco mundos (primeiro a quinto, sendo o mais
avançado mundo o de mais avançada língua, coincidentemente), é comunicado por
meio dela, trivialmente, porque todos sabem que falamos, com maior ou menor
apuro ou exigência de si, e não-trivialmente em cinco níveis de manifestação e
de ocultação, ato permanente de ocultar, de segredar.
Contudo,
perguntemos, nós poderíamos identificar DENTRO DA LÍNGUA os ÍNDICES
METALINGUÍSTICOS que nos dissessem por onde aquela língua em especial (digamos,
o português) trafega nessa construção que reciprocamente faz das
pessoambientes? É evidente, exceto para os idiotas, que não existe mente na
língua portuguesa que não coincida com as mentes das PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados,
nações e mundo) que as falam. As mentes que falam o português são mentes
pessoambientais, não existe um ente-língua que fale; porém, posto o cuidado de
não nos alienarmos da compreensão concreta, vale a pena procurar os traços ou
índices de autoconstrução, ou APELO ESCATOLÓGICO que a língua, uma vez
existente, faz aos falantes. PARA QUANDO E ONDE a língua se constrói, qual é o
espaçotempo ou geo-história psicológica que ela vai fazendo ao ser feita? E
mirando o quê? Que almas nacionais o português constrói?
Em que tabelas
laterais mais ou menos fixas, em que balizamentos a Língua geral, todas as línguas
humanas e em particular o português se meteram? Quais são seus limites?
Vitória, domingo, 04
de janeiro de 2004.
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