A Alma de Jacob
Pego o Jacob (Rio de
Janeiro, 1918 a 1969) como poderia ter pegado qualquer dos grandes.
Imagino agora que em
mais larga escala o que se faz é oferecer a alma em desenho a Deus, de dentro
da Natureza. É uma oferta, a maioria fazendo-a pequena, enquanto poucos a fazem
grande, de gigantesco esforço continuado. A vida só é suportável porque há
esses grandes, cuja trilha podemos seguir, já que os pequenos mal são
toleráveis, mal-e-mal dando para passar por esses sem vomitar – aqueles centrados
em seu umbigo, voltados para dentro, sem manifestar nada para fora. Veja os
níveis (povo, lideranças, profissionais, pesquisadores, estadistas,
santos/sábios e iluminados) para enxergar uma pirâmide que vai se reduzindo até
quase o pontual, de modo a termos no patamar de iluminados uma dezena em 100
bilhões de nascidos, talvez metade destes tendo tido tempo de fazer algo de
significativo ao atingir a idade adulta, nos diz o modelo 50/50.
Relativamente, Jacob
viveu bem pouco (51 anos entre datas), assim como seu filho, Sérgio Bittencourt
- morreu do coração - que escreveu para o pai a música anexada Naquela Mesa. Ela é uma espécie de
hino que todo filho decente cantaria para todo pai decente, como também foi o
meu.
A gente vê que o
cenário presente do mundo é feito de milhares de pontos, uns mais
significativos e coloridos que outros. Encanta-me olhar as almas maiores,
saídas de si para SEREM OS OUTROS, para serem sustentação, que não viveram só
para si.
Saúdo, portanto,
Jacob, a quem 51 anos bastaram para receber aplausos continuados. Salve!
Vitória,
quinta-feira, 15 de janeiro de 2004.
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