Escola Indígena
Não é para os índios
aprenderem os valores da civilização ocidental, nem em particular os dos
brancos, e sim o contrário.
Devemos treinar os
índios para eles transferirem seus valores ao Ocidente e ao Oriente, ao Norte e
ao Sul, às PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e aos AMBIENTES
(cidades/municípios, estados, nações e supergrupos mundiais por seus
representantes eleitos). Manuais serão preparados, passando os valores
resgatados deles, obtidos através de pesquisas das tecnartes e dos
conhecimentos (mágicos/artísticos, teológicos/religiosos,
filosóficos/ideológicos, científicos/técnicos e matemáticos) indígenas, de modo
que uma Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses,
produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou
geo-histórias indígenas) nativa americana viável possa emergir ou ser
reconstruída dos 15 mil anos de domínio deles sobre as Américas, em particular
recuperando para fusão sua Economia (sentido de agropecuária/extrativismo,
indústrias, comércio, serviços e bancos).
Será preciso
confeccionar apostilhas com a visão e a percepção-de-mundo deles,
disseminando-as através da Escola e adotando valores de sua pedagogia própria,
usando para isso uma mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet)
indígena. Palestras, mostras, debates devem acontecer, divulgando os
resultados, porque tal patrimônio não pode ser perdido. Nenhuma coisa deve ser
perdida, pois tudo é valioso para a salvação humana. Construção de museus e
bibliotecas indígenas e várias atividades nas demais escolas muito farão pelo
reequilíbrio.
Com o passar do
tempo, oscilando entre esquerda e direita os pedagogos indígenas (tanto índios
e mestiços quanto brancos, negros, amarelos) disseminarão essa reconstrução
através do espaçotempo humano.
Vitória,
terça-feira, 13 de janeiro de 2004.
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