quarta-feira, 26 de abril de 2017


A Proteção de Pi

 

                            Suponha que Pi (3,141592...) possa ser aberto e seja mesmo a Biblioteca de Deus com todos os desenhos mais perfeitos possíveis, acabados, finais, vindo de Deus mesmo, ponto terminal e completamento do Projeto da Natureza.

                            São Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, quem é o maior de nós? ” Ou seja, quem deve ficar com o espólio do deicídio? Depois de morto Deus, quem ficará com a parte do leão, quem se apoderará de mais, quem tomará mais para si e para os seus? Cristo é claro, era mais esperto que SP e se esquivou direitinho.

                            Obviamente a mesma pergunta será posta pelos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e organismos internacionais) e pelas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas): como serão repartidos os processobjetos ou os programáquinas perfeitos porventura contidos em Pi? Isso gerará confusões, conflitos, guerras até, como já mostrei. Tal possibilidade demanda a proteção até extremada de Pi, porque a soma é zero, 50/50, há pares polares opostos/-complementares que se trazem muito bem trazem igualmente muito mal. Assim, a perfeição de Deus trará a imperfeição de tudo que está abaixo de Deus, que é tudo, mesmo, inclusive todo racional, inclusive o racional-humano. Grandes liberdades a par de grandes responsabilidades. Quem administrará isso? São problemas agudíssimos, que parecem simples de resolver. Tudo é lindo quando se trata de dar virtualmente, em imaginação, mas a questão é o que Millor Fernandes colocou, não sei se copiando de alguém: todo mundo quer ir para o paraíso, mas ninguém quer morrer (ou seja, abandonar as miseráveis coisas materiais). Na hora de comer todos querem, mas na hora de preparar a festa não há ajuda de cristão nenhum.

                            Enfim, quem pegará a parte boa e quem ficará com a banda podre da maçã? Porisso haverá um Governo de Pi que tenderá - já mostrei isso no artigo A Ditadura de Pi, Livro 56 – a uma ditadura que poderá ser mais ou menos restritiva, mas que restritiva será, e até deve ser em alguma medida, pois o problema de haver “armas finais” é que elas finalizam tudo, o que não é do agrado da maioria. O Governo de Pi implica Chave do Labor de Pi (operários, intelectuais, financistas, militares, burocratas de π), já o sabemos, e por aí afora.

                            Vitória, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004.

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