A Proteção de Pi
Suponha que Pi
(3,141592...) possa ser aberto e seja mesmo a Biblioteca de Deus com todos os
desenhos mais perfeitos possíveis, acabados, finais, vindo de Deus mesmo, ponto
terminal e completamento do Projeto da Natureza.
São Pedro perguntou
a Jesus: “Senhor, quem é o maior de nós? ” Ou seja, quem deve ficar com o
espólio do deicídio? Depois de morto Deus, quem ficará com a parte do leão,
quem se apoderará de mais, quem tomará mais para si e para os seus? Cristo é
claro, era mais esperto que SP e se esquivou direitinho.
Obviamente a mesma
pergunta será posta pelos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e
organismos internacionais) e pelas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas): como serão repartidos os processobjetos ou os programáquinas
perfeitos porventura contidos em Pi? Isso gerará confusões, conflitos, guerras
até, como já mostrei. Tal possibilidade demanda a proteção até extremada de Pi,
porque a soma é zero, 50/50, há pares polares opostos/-complementares que se
trazem muito bem trazem igualmente muito mal. Assim, a perfeição de Deus trará
a imperfeição de tudo que está abaixo de Deus, que é tudo, mesmo, inclusive
todo racional, inclusive o racional-humano. Grandes liberdades a par de grandes
responsabilidades. Quem administrará isso? São problemas agudíssimos, que
parecem simples de resolver. Tudo é lindo quando se trata de dar virtualmente,
em imaginação, mas a questão é o que Millor Fernandes colocou, não sei se
copiando de alguém: todo mundo quer ir
para o paraíso, mas ninguém quer morrer (ou seja, abandonar as miseráveis
coisas materiais). Na hora de comer todos querem, mas na hora de preparar a
festa não há ajuda de cristão nenhum.
Enfim, quem pegará a
parte boa e quem ficará com a banda podre da maçã? Porisso haverá um Governo de
Pi que tenderá - já mostrei isso no artigo A
Ditadura de Pi, Livro 56 – a uma ditadura que poderá ser mais ou menos
restritiva, mas que restritiva será, e até deve ser em alguma medida, pois o
problema de haver “armas finais” é que elas finalizam tudo, o que não é do
agrado da maioria. O Governo de Pi implica Chave do Labor de Pi
(operários, intelectuais, financistas, militares, burocratas de π), já o
sabemos, e por aí afora.
Vitória,
quinta-feira, 08 de janeiro de 2004.
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