Universidades por Encomenda
Em
seu livro As Profissões do Futuro, São Paulo, Publifolha, 2000, p. 32, o
autor Gilson Schwartz diz: “São comuns declarações de executivos de empresas
reclamando da escassez de profissionais especializadas. Há uma percepção bastante ampla de que as universidades e os
cursos técnicos ainda não formam os profissionais de que o mercado precisa”,
colorido meu.
Tempos
depois de ter anotado o título vi no GNT uma entrevista com uma professora de
São Paulo na qual ele dizia de universidades por encomenda, mas voltadas para
as empresas, dentro ou fora delas, como já são feitas no Japão há algum tempo,
enquanto penso em algo mais amplo, universidades gerais para formação de
pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e de quadros dos ambientes
(municípios/cidades, estados, nações e mundo). Por exemplo, para as 6,5 mil
profissões. Podemos construí-las para determinadas áreas do Conhecimento geral
(universidades mágicas/artísticas, universidades teológicas/religiosas,
universidades filosóficas/ideológicas, universidades científicas/técnicas e
universidades matemáticas, exclusivamente).
Podemos
voltá-las para áreas do conhecimento, como a Psicologia, digamos universidades
viradas para a economia, outras para a sociologia, cada conjunto de disciplinas
destas. Criar universidades por encomenda para tratar de subseções do
conhecimento humano, cada vez mais vasto. Por quê devemos ter sempre as
universidades como as vemos agora e aqui? Se dizem que os produtos serão
fabricados fora de série, por encomenda, por quê não universidades? Claro, elas
são muito mais caras, incomparavelmente, mas de qualquer modo qualquer fração
da humanidade comporta mais dinheiro ou recursos do que é necessário para
qualquer construção. Com uma produção mundial de 30 a 40 trilhões de dólares
por ano, um milésimo será sempre 30 a 40 bilhões de dólares, podendo-se
construir mil universidades, e um milionésimo 30 a 40 milhões de dólares,
bastante para uma universidade. Juntando gente do mundo inteiro qualquer universidade
especial poderá ser constituída. Havendo propaganda suficiente, havendo uma
iniciativa permanente, cuja propaganda a espalhe pelo mundo inteiro, todos
saberão e irão àquela universidade, que poderá ensinar numa língua franca,
agora o inglês. Seu sucesso a multiplicará. Centenas e até milhares de temas
poderão ser abordados.
Vitória,
sábado, 12 de outubro de 2002.
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