Mídia Policial
Sempre detestei as
páginas policiais, lúgubres e mórbidas demais para o meu gosto. É uma fixação
alucinada com crimes, roubos, furtos, drogas e todo tipo de porcaria.
Entrementes, em
termos de ganhar dinheiro há na Mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio, Livro e
Internet) policial geral fantásticas oportunidades, pois temos a PM, Polícia
Militar, a PC, Polícia Civil, as guardas municipais, os vigilantes contratados,
os guarda-costas e todo tipo de proteção oferecida, institucional ou governamental
e empresarial.
Veja só que são
milhares, centenas de milhares no Brasil. Só da PM há no Espírito Santo uns
oito mil, digamos, não sei o número exato. Como o ES é 1/40 do Brasil, o país
teria uns 320 mil policiais militares. Os policiais civis não sei quantos são.
Depois há as guardas municipais/urbanas e os vigilantes. Como o Brasil também é
1/40 do mundo, no planeta podemos ter só de PM’s uns treze milhões. Quem sabe
haverá uns 30 milhões no mundo inteiro envolvidos com segurança, fora os
militares, as forças armadas, que aí já serão incontáveis.
Essa gente é vidrada
nisso, seja por identificação com a tortura, num extremo de lubricidade, até a
genuína preocupação com guardar e servir.
Pois bem, cada um
desses representa uma família, que se contarmos como tendo quatro membros serão
120 milhões de indivíduos como mercado, 1/50 da humanidade, algo de muito
respeitável, a ser tratado com extremo desvelo. A minha proposta, então, é
estudar uma mídia específica para essa gente, que fale do que eles gostam:
investigações, armas, o serviço social, a ajuda às pessoas, fardas, viaturas,
vigilância, prisões e o resto todo, até elevando muito o nível de percepção.
Vitória, sábado, 08
de fevereiro de 2003.
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