Utilidade
do Ódio
Os pares polares
opostos/complementares estão ambos presentes, como amor e ódio, aproximação e
afastamento, etc. Idealmente, num mundo perfeito, seriam 50/50, menos o
infinitésimo que faz tudo girar. Neste mundo-Terra, como nos demais mundos
racionais todos, os planetas em que há vida, pode haver um ligeiro deslocamento
à esquerda ou à direita.
Agora,
em termos de seletividade, de seleção ou escolha do mais apto ou hábil na luta
pela sobre-vivência, qual a utilidade do ódio? Deveríamos esperar que o amor e
o lado bom inteiro do Dicionário geral sobrelevassem-se, sobressaíssem-se,
projetassem-se como destacadas visões no todo da compreensão, mas não é assim,
há sempre o lado ruim presente. Nunca existência isolada do lado bom. Em que medida
o ódio favorece a sobrevivência, de modo a ser passado de geração a geração?
Lembre-se que o ódio é passado para cima nas PESSOAS (indivíduos, famílias,
grupos, empresas) e nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo)
da mesopirâmide, varre as 6,5 mil profissões, está nas chaves e bandeiras, está
em toda parte. Veio da micropirâmide (enquanto possibilidade, da campartícula
fundamental, das subcampartículas, dos átomos, das moléculas; enquanto
realidade ou efetivação, dos replicadores, das células, dos órgãos, dos
corpomentes). Ou seja, as moléculas se combinam para formar o ódio. Os
replicadores o replicam, passando-o ao futuro. As células o contém, o desenho
dos órgãos o admite, os corpomentes ou indivíduos o professam até com agudeza e
rigor. Portanto, podemos ter um Conhecimento (percepção mágica-artística,
teológica-religiosa, filosófica-ideológica, científica-técnica e matemática) do
ódio. Podemos aprendê-lo e ensiná-lo, o que só é possível se houver um
escaninho ou box onde ele desde o início caiba.
Para
quê serve o ódio?
Penso
que o ódio é uma seção da Pedagogia, como todo o lado ruim do Dicionário geral.
Todo esse lado ruim é constituído de métricas, de padrões de medidas.
Entrementes,
meu pensamento não foi mais longe que isso.
Vitória,
sexta-feira, 17 de janeiro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário