segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Roma


 

                            Além das coisas óbvias que Roma fez, creio que falta estudar seu papel de roteadora, isto é, de nó de informação-controle ou comunicação, onde o info-controle ou IC era trocado entre as várias porções que vieram a constituir a cidade-estado e seu domínio ou império dito universal.

                            As linhas do Oriente geral (Pérsia, Índia, Iraque, China, Indochina), em particular os judeus, da África geral, do Norte bárbaro e das demais porções planetárias então em ligação, TUDO convergiu em Roma, a ponto de dizer-se ainda hoje como adágio que TODAS OS CAMINHOS VÃO DAR EM ROMA, isto é, todas as linhas (antigas) de comunicação. Porisso, como homenagem, penso que os futuros centros universais da Internet, os supercomputadores diretores, deveriam se situar em prédios reais e simbólicos na chamada Cidade Eterna.

                            O que nunca vi foi essa análise de roteamento, de centralização e dispersão das várias linhas do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, do que existia então das atuais 6,5 mil profissões. Como Roma MISTUROU AS MENSAGENS? Como ela casou os vários modos de ser e de fazer? Como juntou modos tão distintos de experimentar e de pensar? De que modo Roma, ao fazer viver no mesmo espaçotempo ou geo-história as várias percepções de mundo, criou, através do que seria (e ainda é, na Igreja Católica) sua língua mundial, um pensamento/experimentação convergente? Como Roma recebia os diferentes e os transformava em iguais? Isso, decididamente, foi vital para o moedor, o triturador que foi a Idade Média. Roma fez então essa mesma coisa que os EUA estão realizando agoraqui, pondo em contato as diferenças universais.

                            Essa sintanálise geo-histórica ainda precisa ser feita.
                            Vitória, domingo, 02 de fevereiro de 2003.

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