domingo, 29 de janeiro de 2017


Netos e Avós


 

                            Em geral os pais e as mães estão cavando a vida, preocupados em acumular (casa, carro, várias coisas, a alimentação do próximo dia), não tendo muito tempo para acompanhar os filhos, ao passo que avôs e avós estão aposentados (as), sobrando tempo. Venho falando há vinte anos na chance de aproveitar as experiências dos mais velhos em escolas. Seria bom para as crianças e para os idosos.

                            Podemos até criar uma mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio, Livro e Internet) dos Avôs e das Avós. Podemos ter em cada cidade praças cobertas confortáveis onde eles e elas, sob supervisão de gente das prefeituras, estejam trabalhando, gratuitamente os ricos e médios-altos, com remuneração os pobres e miseráveis sempre na razão inversa das posses, no sentido de instruir crianças e adolescentes, segundo um programa mínimo da ONU a ser espalhado no mundo inteiro, mormente no terceiro e quarto mundos.

                            Estudiosos se sentariam para elaborar um programáquina (programa-máquina) tutelar dessas atividades novas dos idosos, de modo a haver uniformidade, bem como para triar os que se oferecessem, pois sempre há os maus - há que acompanhar atentamente. Dos que fossem finalmente selecionadas tiraríamos aqueles que têm um mínimo de capacidade de transmissão, sob treinamento dentro das margens do Projeto.

                            Um Centro Mundial haveria de obter sucessivamente das experiências coletadas um molde de acompanhamento universal, com as adaptações locais. Os governos contribuiriam, talvez na base de um dólar por ser humano (seis bilhões de dólares/ano, divididos conforme os PIB’s – 25 % para os EUA, 25 % para a Europa, 15 % para o Japão, ou o que fosse), ou dois, ou três dólares por cabeça, o que fosse necessário e suficiente para tocar o programa, com conferências mundiais financiadas localmente, primeiro por continente, depois por país que pleiteasse.

                            Muito se pode fazer com boa vontade para ter paz na Terra.
                            Vitória, domingo, 2 de fevereiro de 2003.

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