domingo, 29 de janeiro de 2017


Genoma Virtual

 

                            A empresa de J. Craig Venter, Celera Genomics, que se tornou uma das decifradoras do ADRN não colocou à disposição do público a dupla hélice já decifrada, ao contrário do consórcio público. Preservou para si, como as empresas privadas fazem sempre, mirando o lucro exclusivista. Ainda bem que do outro lado estava alguém comprometido com a verdade de todos e não a verdade de poucos.

                            Ora, o que mais precisamos é realmente que os códigos venham todos à atenção geral, pois há não apenas a utilidade imediata, da fabricação de remédios, mas a Matemática ou Geometria-Algébrica mais profunda, de como a Natureza procedeu para estabelecer a Fita de Herança biológica, o que está indicado como idéia no artigo do Livro 21, Decriptação do ADRN, q.v. Quantos saltos poderão ser dados?

                            Além disso, a computação gráfica, modelando as moléculas, os replicadores e as células, poderá ensinar muito em todos os estágios do aprendizado, oferecendo um novo instrumento pedagógico, com crianças, jovens e adultos podendo manipular os objetos bioquímicos no 1º, 2º e 3º graus, mestrado, doutorado e pós-doutorado. O que isso proporcionará como requalificação dos métodos não está no gibi. Os genomas do 1,8 milhão de espécies até agora conhecidas, se decifrados como letras A-T e C-G poderão modificar completamente o panorama humano, por si só, sem falar nas conseqüências para a socioeconomia ou produçãorganização.

                            E pensar que se dependesse só da Celera ela manteria tudo oculto, para cobrar fortunas. Eis para quê serve o Estado: para nos proteger da ganância irrefletida dos empresários. Nem é demais, mas já é alguma coisa.
                            Vitória, terça-feira, 28 de janeiro de 2003.

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