Genoma Virtual
A empresa de J.
Craig Venter, Celera Genomics, que se tornou uma das decifradoras do ADRN não
colocou à disposição do público a dupla hélice já decifrada, ao contrário do
consórcio público. Preservou para si, como as empresas privadas fazem sempre,
mirando o lucro exclusivista. Ainda bem que do outro lado estava alguém
comprometido com a verdade de todos e não a verdade de poucos.
Ora, o que mais
precisamos é realmente que os códigos venham todos à atenção geral, pois há não
apenas a utilidade imediata, da fabricação de remédios, mas a Matemática ou
Geometria-Algébrica mais profunda, de como a Natureza procedeu para estabelecer
a Fita de Herança biológica, o que está indicado como idéia no artigo do Livro
21, Decriptação do ADRN, q.v. Quantos
saltos poderão ser dados?
Além disso, a
computação gráfica, modelando as moléculas, os replicadores e as células,
poderá ensinar muito em todos os estágios do aprendizado, oferecendo um novo
instrumento pedagógico, com crianças, jovens e adultos podendo manipular os
objetos bioquímicos no 1º, 2º e 3º graus, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
O que isso proporcionará como requalificação dos métodos não está no gibi. Os
genomas do 1,8 milhão de espécies até agora conhecidas, se decifrados como
letras A-T e C-G poderão modificar completamente o panorama humano, por si só,
sem falar nas conseqüências para a socioeconomia ou produçãorganização.
E pensar que se
dependesse só da Celera ela manteria tudo oculto, para cobrar fortunas. Eis
para quê serve o Estado: para nos proteger da ganância irrefletida dos
empresários. Nem é demais, mas já é alguma coisa.
Vitória,
terça-feira, 28 de janeiro de 2003.
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