Ódio
Feminino
O MCES,
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, foi amplamente desdobrado
desde quando comecei a pensar e forneceu aportes formidáveis para a compreensão
da Mulher, do Homem, da união homulher e tudo mais, inclusive comércio de
produtos e serviços.
Para tudo há dois: dois fogos, duas
medicinas, dois gêneros de memórias (as delas são cinco e MUITO MAIS efetivas e
eficientes que as nossas), dois comportamentos, dois modos de vestir e assim
por diante.
E quanto às relações de afeto e desafeto?
Claro, dois grupos em cada caso. No caso do
amor e carinho, as mulheres serão necessariamente diferentes. E nos desafetos
também, os delas muito mais escondidos que os masculinos, esses diretos e
eficazes: caso dois homens se desentendessem, eles iriam tentar ferir e matar
um ou outro, ou ambos (como pode acontecer nos duelos), pois estariam naquele
grupo de 10 a 20 % de todos e ninguém gostaria de ficar com inimigo às costas.
Ou o chefe mandaria um de volta, ou o outro, ou ambos para “se toparem” na retaguarda,
pois seria impossível ficar tolerando escaramuças enquanto seguissem nas tocaias
e nos embates com presas e predadores. Passado o instante, faria muito sentido
esquecer rapidamente.
Já com as mulheres é totalmente diferente:
elas estarão com 90 a 80 % de todos e jamais, em tempo nenhum permitiriam que
os garotinhos superestimados estivessem no meio de uma refrega, podendo ser
feridos. Portanto, guardarão mágoa por anos e anos a fio e prepararão suas vinganças
com muito detalhe, nunca demonstrando perante qualquer um, especialmente as
oponentes, pelo contrário, disfarçando e rindo o mais que pudessem, tratando de
não dar as costas e tendo sono muito leve. Não é que não pudessem socar-se,
tratariam de se ferir onde é menos visível para os homens, nos cabelos: de modo
nenhum se feririam no rosto (nem pensar!) ou no corpo.
Elas escamoteariam.
Fingiriam por anos e até por décadas, ferindo
aos poucos, se possível sem as outras saberem ou pelo menos deixando de fora
não-mulheres (sempre terão tino aguçado para esse jogo de retaliação).
Nunca foi percebido e muito menos estampado
na literatura, pelo menos no que tange ao conhecimento do mecanismo e previsão,
que é a marca da boa ciência. Extraordinária construção social – tudo isso deve
poder ser rastreado nos resíduos presentes na pós-contemporaneidade.
Vitória, domingo, 29 de janeiro de 2017.
GAVA.
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