segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Deus de Amor

 

                            Um rapaz de uns vinte e poucos anos, Márcio, auxiliar fazendário, me perguntou em Pequiá se há realmente um Deus de Amor, como dizem os religiosos. Veja preliminarmente no artigo deste Livro 23, Uma Chance no Infinito, que há, sim, definitivamente, pelo menos onde houver Natureza (e onde não houver não há ente pensante para raciocinar se há ou não).

                            Agora, vejamos que Natureza é agregação de matéria ao acaso, enquanto Deus seria o lado necessário.

                            Se há Natureza houve agregação que constituiu os objetos e houve energia que os modelou ou esculpiu. Chamamos a isso “atração”, por exemplo, a atração molecular. Na realidade, Atração geral na micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomentes), depois o mesmo na mesopirâmide (atração PESSOAL: indivíduos, famílias, grupos e empresas; atração AMBIENTAL: municipal/urbana, estadual, nacional e mundial), depois na macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos e pluriverso).

                            A atração vence a repulsa, o amor o ódio, todo um lado polar ao outro lado complementar, na esfera dois raios em oposição fazendo o mesmo diâmetro cuja explicação é o centro. NECESSARIAMENTE a constituição da Natureza exige que haja atração, amor, todos os adjetivos que ligam. ESTÁ POSTO na Natureza que o conjunto dessas atrações vá constituir Deus, ao fim e ao cabo. Seguindo em frente, lá pelas tantas há, como eu disse no modelo, o SALTO PARA O INFINITO a partir da hipermente, depois do nível informacional/p.4. Por um infinitésimo que seja um lado vence o outro, para que exista Natureza, o que necessariamente leva à complementação do par em Deus.

                            Ora, em algum ponto Deus se assume como Amor. Dado que Deus (Um, e só Um) está permanentemente nesse salto infinito, é não somente um Deus de Amor como de Amor Incondicional, não-finito, exatamente como dizem os religiosos sem explicação. Acontece que, segundo a Rede Cognata (ver Livro 2, Rede e Grade Signalíticas), amor = PAI = HOMEM, de modo que os arquétipos estão certos (pelo menos em português). Não me pergunte como os religiosos chegaram a essas constatações então improváveis sem qualquer ajuda.

                            Em todo caso, há, definitivamente há, e é mesmo pai. “Deus é Pai”, dizem eles, e parece ser verdade.

                            Vitória, sábado, 08 de fevereiro de 2003.

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