segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Extinção de Ambientes

 

                            O modelo fala de pessoambientes. PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) residem em AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo), em se tratando de psicologias ou razões ou seres humanos. Fungos, plantas e animais ou quaisquer entes residem ou têm habitat em cenários, no caso em nichos ecológicos.

                            O boi-ente tem um ambiente lá dele, que é a sua contraforma ou permissão de existência, um molde exterior, que é composto de inúmeros outros seres. São cenários físicos/químicos e biológicos/p.2, naturais, e ambientes psicológicos/p.3, artificiais. Os municípios/cidades são as contraformas dos seres humanos, descendo até distritos (rurais) e bairros (urbanos). Não são cenários físicos/químicos e biológicos/p.2, apenas, são RACIONALIDADES AMBIENTAIS OU HUMANAS. Para fazer um ser humano morrer não é preciso tirar seu suporte B/p.2 ou F/Q, basta suprimir seu apoio P/p.3, sua racionalidade, sua ambientação psicológica.

                            Do mesmo modo no nível ou patamar B/p.2: quando suprimimos ambientes ou cenários biológicos ou biomas estamos concomitantemente suprimindo as espécies que dependem deles para viver e prosperar. E nem temos dado bola para a supressão de ambientes. Quando introduzimos ou espalhamos muitos bois e vacas estamos matando “n” espécies. Quantos ambientes estão ameaçados de extinção, neste momento? Não vemos listas deles, só de espécies, em geral animais.

                            No entanto, buldozeres e patróis estão arrancando imensas áreas de florestas, favorecendo os ambientes domésticos e matando os ambientes selvagens, isto é, acabando progressivamente com tudo que não é humano, do dominante racional da Terra, homogeneizada à nossa imagem e semelhança. Como o modelo diz, isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Se não preservarmos os ambientes estaremos matando todas as espécies nele e dele e a diversidade, que tanto compraz à mente superpoderosa dos seres humanos, diminuirá, para grande desprazer nosso. E esse lado ruim não se pode repor à custa de pouco dinheiro. Aliás, nem sabemos como fazê-lo.

                            Vitória, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003.

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