Um Mundo
Alimentarmente Doente
Depois que passei a
ter excesso de glicose, de ácido úrico, de triglicérides, pressão alta e outras
coisas que tais, compreendi que o nosso mundo, especialmente ocidental, vive
mergulhado em oceanos de açúcar, de proteínas, de gorduras, de sal e de outras
coisas que em excesso, tal como as consumimos, causam um mal terrível a todos e
cada um.
Da dificuldade em
conseguir aqueles produtos passamos à abundância, e como novos-ricos em açúcar,
proteínas, gorduras e sal consumimos demais, mais que o necessário, mais que o
essencial. Acho que um grande trabalho do futuro será a reeducação de toda a
gente para abandonar esses vícios extraordinariamente daninhos. Tarefa muito
difícil, a ser vencida ao longo de décadas e até centenas de anos, porque será
preciso convencer as empresas que lucram com a venda dos produtos e o
estabelecimento socioeconômico médico, que lucra com os danos que eles causam.
Do outro lado está
toda uma era sofredora de danos que eles causam, embora signifiquem prazer, é
claro, senão não teriam se tornado um vício, uma dependência química
espantosamente espalhada.
Se você começar a
reparar NÃO EXISTE quase nada que não tenha uma daquelas coisas. Para onde
olhemos lá está a profusão de sal, de gordura, de açúcar e de proteínas. Em
tudo colocam essas coisas em abastança. Seria preciso fazer um estudo acadêmico
de quanto consumimos por dia, com uma quantidade representativa de humanos das
várias profissões, durante alguns anos, acompanhando com nutricionistas (que
possam calcular “de cabeça”, aproximadamente quanto cada um consome).
É até muito mais do
que consigo retratar. Agora, de alguns anos para cá é que estão surgindo
alternativas, como adoçantes, salgadores sem cloreto de sódio, movimentos que
se abstêm do consumo de proteínas animais, carnes magras, essa coisa. Mesmo
assim é raro encontrar e é relativamente caro (pobres e miseráveis não podem
consumir).
Vitória, domingo, 29
de dezembro de 2002.
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