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Operação Lava Jato
Deflexão (5/12/2016)
A PF
(Polícia Federal) cumpre nove mandados de busca e apreensão na manhã desta
segunda-feira (5) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Os alvos são o
deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, e o ministro do
TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rêgo (PMDB-PB), que exerceu
mandato de senador até dezembro de 2014. Os investigadores apuram a
solicitação, por parlamentares, de contribuição de empresários --"o
clube das empreiteiras", segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República)
-- para que não fossem convocados a prestar depoimento na CPMI (Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras), instalada em 2014. Os
executivos apontaram repasses de mais de R$ 5 milhões para evitar retaliações
e contribuir para campanhas eleitorais, segundo a PGR.
A
Polícia Federal prendeu o ex-ministro Antônio Palocci (PT), em São Paulo, na
35ª fase da Operação Lava Jato. Para os investigadores, no período em que
esteve à frente da Fazenda (2003-2006) e da Casa Civil (2011), o petista
"atuou de forma direta para propiciar vantagens" que teriam como
beneficiária a empreiteira Odebrecht. Ainda no decorrer desta ação, são
cumpridos 45 mandados judiciais nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e no Distrito Federal.
São 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária, e 15 de condução
coercitiva.
O
alvo principal desta fase são dirigentes e funcionários da construtora
Queiroz Galvão. A ação, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Goiás, Pernambuco e Minas Gerais, cumpre 32 mandados judiciais: dois de
prisão preventiva, um de prisão temporária, seis de condução coercitiva
(quando a pessoas é levada para depor) e 23 de busca e apreensão. Segundo o
Ministério Publico Federal, o objetivo desta fase é "obter provas
adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias,
corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos firmados pela
empreiteira Queiroz Galvão com a Petrobras".
A Polícia Federal prendeu o doleiro Lúcio Bolonha
Funaro em São Paulo. Ele é ligado a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente
afastado da Câmara dos Deputados, segundo as investigações. Os mandados de
prisão e de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki,
responsável pela Lava Jato no STF. A ação é baseada nas delações de Fábio
Cleto, ex-vice-presidente da Caixa indicado por Cunha, e de Nelson Mello,
ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas. Cleto relatou em
delação premiada que Cunha recebeu propinas em 12 operações de grupos
empresariais que obtiveram aportes milionários do Fundo de Investimento do
FGTS (FI-FGTS). Em depoimentos prestados à Procuradoria-Geral da República
(PGR), Cleto contou que Cunha cobrava comissões variáveis, de 0,3%, 0,5% ou
até mais de 1% dos repasses feitos pelo fundo. Cunha afirmou que desconhece
"o conteúdo da delação" de Cleto e que, por isso, não poderia comentar
detalhes.
Alethéia
é uma palavra grega que significa "verdade" e, também,
"realidade", "não oculto", "revelado", entre
outras asserções. A operação fez buscas no prédio do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva -também conhecido
como Lulinha. Apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai
favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e de tríplex no Guarujá. Cerca
de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem, ao todo, 44
mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução
coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. São investigados
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros, relacionados à
Petrobras
Em
mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpre nesta
terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos ministros Celso Pansera
(Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB. A
operação atinge pessoas com foro privilegiado ou ligadas a eles. Ao todo, a
PF cumpre 53 mandados de busca e apreensão em São Paulo (15), Distrito
Federal (9), Pernambuco (4), Pará (6), Rio Grande do Norte (1), Ceará (2) e
Alagoas (2), referentes a sete processos instaurados na Lava Jato. O nome da
operação, Catilinárias, refere-se a uma série de quatro discursos célebres do
cônsul romano Cícero contra o senador Catilina
A
Polícia Federal deflagrou uma operação em desmembramento da Lava Jato para
combater a extração e comercialização ilegal de diamantes em terras dos
índios cinta-larga, em Rondônia. Policiais federais cumprem mandados no DF,
RO, MG, SP, RJ, RS, BA, MT e PA. A investigação é conduzida pela PF e pelo
Ministério Público Federal em Rondônia, a partir de informações sobre a
atuação do doleiro Carlos Habib Chater, o primeiro preso da Lava Jato, em
março de 2014.
A Operação Passe Livre prendeu o
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, em um hotel em Brasília. O
empresário deporia na CPI do BNDES. Bumlai foi descrito pelo delator da
Operação Lava Jato Fernando Soares, o Baiano, como uma espécie de lobista na
Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no
pré-sal. Segundo a PF, as investigações da nova fase têm como foco a
contratação de um navio sonda da Petrobras "com concretos indícios de
fraude no procedimento licitatório". As diligências estão sendo
realizadas nas cidades de São Paulo, Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de
Janeiro (RJ), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Dourados (MS).
19ª
fase (21/9/2015) - "Nessum dorma"
O nome
da operação significa "Ninguém dorme". Nesta fase foi preso
preventivamente um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho, já
investigado por suspeita de corrupção na estatal Eletronuclear. Os mandados
foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis
18ª fase (13/8/2015) - "Pixuleco 2"
Desdobramento
da fase anterior, cumpre dez mandados de busca e apreensão e uma prisão
temporária em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. A fase mira um
operador responsável por arrecadar ilicitamente R$ 50 milhões em contratos
relacionados ao Ministério do Planejamento
17ª fase (3/8/2015) - "Pixuleco"
O nome
faz referência ao termo usado por João Vaccari Neto para falar sobre o
dinheiro cobrado de empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras. Foram
presos o ex-ministro José Dirceu e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e
Silva. A PF cumpriu mandados em São Paulo, Brasília e Rio. A força-tarefa diz
acreditar que a consultoria JD cumpria a mesma função das empresas de fachada
de Alberto Youssef
16ª fase (28/7/2015) - "Radioatividade"
A PF
prendeu presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva,
por suspeita de recebimento de R$ 4,5 milhões em propina. Esta fase da
operação teve como foco os contratos entre a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás,
para as obras da usina de Angra 3. A PF investiga as suspeitas de formação de
cartel, pagamento de propina para agentes públicos e superfaturamento das
obras
15ª fase (2/7/2015) - "Conexão Mônaco"
A PF
prende o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada. Ele é
suspeito de cometer crimes como corrupção, fraude em licitações e desvio de
verbas. A operação, batizada "Conexão Mônaco" em referência a
operações financeiras do ex-diretor no principado de Mônaco, tem ainda outros
quatro mandados de prisão. Zelada foi sucessor de Nestor Cerveró, preso desde
o dia 14 de janeiro
14ª fase (19/6/2015) - "Erga omnes"
A
Polícia Federal prende os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da
Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Nesta fase, foram expedidos no
total 59 mandados judiciais em quatro Estados --38 de busca e apreensão, nove
de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão
temporária. O nome da operação é uma expressão em latim que significa
"vale para todos"
13ª fase (21/5/2015)
A PF
prende Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em
contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de
Serviços, que Renato Duque ocupou entre 2003 e 2012 na estatal
12ª fase (15/4/2015)
A PF
prende o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em São Paulo. Secretário
de Finanças do partido, o petista negou envolvimento no esquema de corrupção
que atingiu a Petrobras nos últimos anos
11ª fase (10/4/2015) - "A Origem"
A PF
prende os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido),
Luiz Argôlo (ex-PP e hoje Solidariedade-BA), e mais quatro pessoas ligadas
aos políticos. Também houve ordem de prisão contra o ex-deputado Pedro Corrêa
(PP-PE), que já estava preso por condenação no mensalão. Desvios na Caixa
Econômica Federal e no Ministério da Saúde passaram a ser investigados na
operação
10ª fase (16/3/2015) - "Que País É Esse?"
A PF
cumpre mandados em São Paulo e no Rio de Janeiro e volta a prender preventivamente
o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que segundo a polícia,
estava movimentando dinheiro em contas no exterior. O nome desta fase da
operação se refere a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez
9ª fase (5/2/2015) - "My Way"
Batizada
em referência a um apelido dado ao ex-diretor de serviços da Petrobras Renato
Duque, a operação teve o objetivo de cumprir 62 mandados judiciais, em quatro
Estados e resultou em quatro prisões. A PF também levou o tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto, para depor e explicar doações ao partido por empresas que
mantinham contrato com a Petrobras
8ª fase (14/1/2015)
A PF
prende o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A
prisão aconteceu depois de ele desembarcar no Aeroporto Internacional Tom
Jobim (Galeão) de um voo procedente de Londres. Cerveró foi acusado de
envolvimento no esquema de corrupção na estatal
7ª fase (14/11/2014) - "Juízo final"
A
Polícia Federal prende o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e
executivos da cúpula de empreiteiras do país suspeitas de pagar propina para
fechar contratos com a estatal. Também cumpriu mandados de busca e apreensão
nas empresas --Camargo e Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão,
Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa
6ª fase (22/8/2014)
A PF
cumpre mandados de busca e apreensão no núcleo de empresas relacionadas ao
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no Rio de Janeiro
5ª fase (1º/7/2014)
A PF
prende João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, que trabalhava com o
doleiro Alberto Youssef e cumpre sete mandados de busca e um de condução
coercitiva. Documentos apreendidos pela polícia apontaram que Almeida Prado
era beneficiário, com Youssef, de uma conta no banco PKB da Suíça, com saldo
de US$ 5 milhões
4ª fase (11/6/2014)
A PF
prende pela segunda vez o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua
casa, no Rio de Janeiro. Ele havia sido solto depois de passar 59 dias na
prisão, mas voltou a ser preso por esconder da polícia que tinha um
passaporte português e contas na Suíça com saldo de US$ 23 milhões
3ª fase (11/4/2014)
A PF
cumpre mandados de buscas na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, e na
empresa Ecoglobal Ambiental, de Macaé (RJ), que possui uma filial nos Estados
Unidos, a Ecoglobal Overseas, também investigada
2ª fase (20/3/2014)
A PF
cumpre seis mandados de busca e um de prisão temporária: a do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa. As investigações mostram
relações próximas do ex-executivo com o doleiro Alberto Youssef
1ª fase (17/3/2014)
Deflagrada
pela Polícia Federal em seis Estados e no Distrito Federal para cumprir 130
mandados judiciais, resulta na prisão de 17 pessoas, entre elas, o doleiro
Alberto Youssef, apontado como o responsável por comandar o esquema de
corrupção. Segundo a PF, as quadrilhas desarticuladas na operação teriam
movimentado pelo menos R$ 10 bilhões em dez anos
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