Tempos Correlativos
No
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e
Ciência/Técnica, e Matemática no centro do quadrado) geral, temos a dupla
pontescada tecnocientífica, a pontescada científica sendo a alta
(Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5
e Dialógica/p.6) e a pontescada técnica sendo a baixa correspondente, como se
fosse a dupla-hélice do ADRN, constituindo a FH, Fita de Herança própria do
Conhecimento, que o reproduz, assim como a herança cromossômica re-produz os
corpomentes ou indivíduos.
Por
exemplo, tomemos o Ovo Cósmico que é a Terra, fertilizada pelo Sol desde quando
ela nasceu, segundo os cientistas há 4,6 bilhões de anos. Deveríamos contar o
que alguns chamam agora de ANO CÓSMICO como tendo 365 dias, feito o ano
terrestre? Ou haveria outro gênero mais útil de medida ou métrica? O ano
terrestre padece do defeito de ser terrestre, não-universal. Daria dias de 12,6
milhões de anos, mas o quê isso representa? Deveríamos ter saltos representando
os patamares da pontescada e eu tenho tentado insistentemente chegar a alguma
conclusão, sem obter nada de definitivo. Naturalmente a coisa dependerá de
amplo debate ou de uma sacada genial de alguém, ou ambas as opções.
Como
os estatísticos disseram em alguma passagem que li que a margem de erro era de
5 %, coloquei metade disso na extrema esquerda + 47,5 %, outra metade na
extrema direita + 47,5 %, perfazendo (50 + 50) = 100. Vai que 2,5 % são 1/40.
Tomando A, B, C e D como sendo essas quatro classes, teríamos A, AA, AAA e
AAAA, esta sendo (1/40)4 = 1 / 2.560.000 = 0,000.000.39, perto de
quatro milionésimos.
Se
tomássemos o AC (ano celeste como sendo de 15 bilhões de anos,
equivalente às dimensões máximas que o universo pode atingir: 300.000 km/s
divididos pela constante de Hubble, 70 km/s por megaparsec ou 3,26 milhões de
anos-luz, faça as contas) e dividíssemos por aquele valor, teríamos 15.109/2,56.106
= 5.859 anos como segundo, minutos de 234,4 mil anos, horas de 9.375 mil anos,
meses de 375,0 milhões de anos. Assim o ano teria 40 meses, o mês 40 dias, o
dia 40 horas, a hora 40 minutos, o minuto 40 segundos – nesse modo especial,
para encarnar a geologia, a paleontologia, a arqueologia, a antropologia ou
quaisquer divisões definitivas, ou os degraus citados da pontescada, que são
seis. No caso de ano, mês, dia, hora, minuto e segundo temos seus partições.
Para a Terra teriam transcorrido 12,3 meses cósmicos. Evidentemente se forem
usados os nomes antigos haverá confusão, mas sempre podem ser inventados novos.
A alternativa seria termos 60 segundos, 60 minutos, 60 horas, 60 dias, 60 meses
e 60 anos, (60)6 = 4,67.1010, métrica muito melhor.
Enfim,
trata-se de fixar marcos referenciais, em lugar de dizermos “no Pleistoceno”,
“no Oligoceno”, etc. Pelo contrário, diríamos que o Mioceno vai do dia tal ao
dia qual, tantas horas, minutos, e assim por diante. Um número do tipo
4/22/7/4/3/18 seria 4º ano, 22º mês, 7º dia, 4ª hora, três minutos e 18
segundos, uma marcação definitiva e simples, havendo um conversor automático do
lado ou fazendo as contas à mão. Os tempos de todos os espaços e objetos
cósmicos poderiam ser marcados, com um zero convenientemente fixado (a abertura
se faria para os negativos, caso fossem feitas novas descobertas, o que ajudaria
a mostrar os avanços do conhecimento).
É
um numero dito “complexo”, quer dizer, composto numa base, mas é útil porque há
grandes hiatos que marcam as eras, por exemplo, as eras geológicas ou
físico/químicas, diferentes das eras biológicas/p.2 e muito mais das
psicológicas/p.3, que se dão respectivamente nos meses, dias e horas, desde 375
a 9,4 milhões de anos, para meses e dias, respectivamente, e 234 mil anos, para
os minutos racionais, o que está mais de acordo, PORQUE a EVA MITOCONDRIAL e o
ADÃO Y surgiram na África com pequena diferença temporal há cerca de 200 mil
anos, em espaço distintos, suas MANCHAS CROMOSSÔMICAS se fundindo depois no que
somos nós. Nós teríamos UM MINUTO CÓSMICO. Por comparação nossa cultura, de 10
mil anos, teria cerca de DOIS SEGUNDOS CÓSMICOS, ou como fosse chamado. Quer
dizer que as civilizações psicológicas surgem e desaparecem em alguns segundos
cósmicos. Os meses cósmicos são outros eventos, fora de proporção com a
racionalidade, que é como um lampejo (embora fulgurante e fundamental,
constitutivo mesmo).
Vitória,
sexta-feira, 29 de novembro de 2002.
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