quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Tempos Correlativos

 

                            No Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática no centro do quadrado) geral, temos a dupla pontescada tecnocientífica, a pontescada científica sendo a alta (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) e a pontescada técnica sendo a baixa correspondente, como se fosse a dupla-hélice do ADRN, constituindo a FH, Fita de Herança própria do Conhecimento, que o reproduz, assim como a herança cromossômica re-produz os corpomentes ou indivíduos.

                            Por exemplo, tomemos o Ovo Cósmico que é a Terra, fertilizada pelo Sol desde quando ela nasceu, segundo os cientistas há 4,6 bilhões de anos. Deveríamos contar o que alguns chamam agora de ANO CÓSMICO como tendo 365 dias, feito o ano terrestre? Ou haveria outro gênero mais útil de medida ou métrica? O ano terrestre padece do defeito de ser terrestre, não-universal. Daria dias de 12,6 milhões de anos, mas o quê isso representa? Deveríamos ter saltos representando os patamares da pontescada e eu tenho tentado insistentemente chegar a alguma conclusão, sem obter nada de definitivo. Naturalmente a coisa dependerá de amplo debate ou de uma sacada genial de alguém, ou ambas as opções.

                            Como os estatísticos disseram em alguma passagem que li que a margem de erro era de 5 %, coloquei metade disso na extrema esquerda + 47,5 %, outra metade na extrema direita + 47,5 %, perfazendo (50 + 50) = 100. Vai que 2,5 % são 1/40. Tomando A, B, C e D como sendo essas quatro classes, teríamos A, AA, AAA e AAAA, esta sendo (1/40)4 = 1 / 2.560.000 = 0,000.000.39, perto de quatro milionésimos.

                            Se tomássemos o AC (ano celeste como sendo de 15 bilhões de anos, equivalente às dimensões máximas que o universo pode atingir: 300.000 km/s divididos pela constante de Hubble, 70 km/s por megaparsec ou 3,26 milhões de anos-luz, faça as contas) e dividíssemos por aquele valor, teríamos 15.109/2,56.106 = 5.859 anos como segundo, minutos de 234,4 mil anos, horas de 9.375 mil anos, meses de 375,0 milhões de anos. Assim o ano teria 40 meses, o mês 40 dias, o dia 40 horas, a hora 40 minutos, o minuto 40 segundos – nesse modo especial, para encarnar a geologia, a paleontologia, a arqueologia, a antropologia ou quaisquer divisões definitivas, ou os degraus citados da pontescada, que são seis. No caso de ano, mês, dia, hora, minuto e segundo temos seus partições. Para a Terra teriam transcorrido 12,3 meses cósmicos. Evidentemente se forem usados os nomes antigos haverá confusão, mas sempre podem ser inventados novos. A alternativa seria termos 60 segundos, 60 minutos, 60 horas, 60 dias, 60 meses e 60 anos, (60)6 = 4,67.1010, métrica muito melhor.

                            Enfim, trata-se de fixar marcos referenciais, em lugar de dizermos “no Pleistoceno”, “no Oligoceno”, etc. Pelo contrário, diríamos que o Mioceno vai do dia tal ao dia qual, tantas horas, minutos, e assim por diante. Um número do tipo 4/22/7/4/3/18 seria 4º ano, 22º mês, 7º dia, 4ª hora, três minutos e 18 segundos, uma marcação definitiva e simples, havendo um conversor automático do lado ou fazendo as contas à mão. Os tempos de todos os espaços e objetos cósmicos poderiam ser marcados, com um zero convenientemente fixado (a abertura se faria para os negativos, caso fossem feitas novas descobertas, o que ajudaria a mostrar os avanços do conhecimento).

                            É um numero dito “complexo”, quer dizer, composto numa base, mas é útil porque há grandes hiatos que marcam as eras, por exemplo, as eras geológicas ou físico/químicas, diferentes das eras biológicas/p.2 e muito mais das psicológicas/p.3, que se dão respectivamente nos meses, dias e horas, desde 375 a 9,4 milhões de anos, para meses e dias, respectivamente, e 234 mil anos, para os minutos racionais, o que está mais de acordo, PORQUE a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y surgiram na África com pequena diferença temporal há cerca de 200 mil anos, em espaço distintos, suas MANCHAS CROMOSSÔMICAS se fundindo depois no que somos nós. Nós teríamos UM MINUTO CÓSMICO. Por comparação nossa cultura, de 10 mil anos, teria cerca de DOIS SEGUNDOS CÓSMICOS, ou como fosse chamado. Quer dizer que as civilizações psicológicas surgem e desaparecem em alguns segundos cósmicos. Os meses cósmicos são outros eventos, fora de proporção com a racionalidade, que é como um lampejo (embora fulgurante e fundamental, constitutivo mesmo).

                            Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário