quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Seletor Psicológico

 

                            Imagine um pano como um plano com certa inflexibilidade que nós chamaremos de RESISTIVIDADE PSICOLÓGICA, ou seja, a capacidade de reação aos conjuntos (PESSOAIS; indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTAIS: municípios/cidades, estados, nações, mundo) racionais ou psicológicos ou humanos.

                            Essa RESISTÊNCIA À DEFORMAÇÃO, a mudar de forma, sofre contínua pressão das pessoambientes, deformando-se sim, mas pouco, conforme as flechas de forçapoder daquelas mesmas P/A na seqüência; 1) povo, 2) lideranças, 3) profissionais, 4) pesquisadores, 5) estadistas, 6) santos/sábios e 7) iluminados. Os iluminados, com suas tremendas flechas, torcem toda a geo-história ou espaçotempo Ψ, psicológico ou racional. A Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias – no centro, como foi dito, geo-histórias ou espaçotempos) nos diz dos vetores ou flechas de cada um, que podem ser medidas.

                            Agora imagine que tal pano está mesmo no plano, na horizontal do lugar. Vendo da média haveria montanhas e vales. No que o lado de cima (5, 6 e 7) puxa para cima, criando montanhas, até as mais altas, o lado de baixo (3, 2 e 1) sofre as conseqüências, formando vales, às vezes muito profundos. Profissionais, lideranças e povo são conduzidos pelas vontades superiores. Estas, no metaprogramáquina de reforma/transformação do mundo, exercem seu poder com certa autonomia, conforme a altura que estejam, mas sofrendo a oposição penosa dos ambientes, tanto maior quanto maior for a ligação das P/A aos planos do passado, e quanto mais remoto este for, em geral. Ou seja, a ligação aos planos dos que vieram antes, daquelas outras vontades superiores do passado, que agora se tornaram conservadoras e não servem mais perfeitamente às pressões de agora. As vontades superiores de agora sofrem pressões que levam ao esgotamento nervoso e corpomental geral.

                            No seu processobjeto de desenhar os novos cenários psicológicos essas vontades arrastam consigo, às vezes, até toda a massa que jaz abaixo, quando é o caso de ser um (uma) iluminado (a). É um peso “morto” terrível. A locomotiva deve ter uma força extraordinária, para arrastar tantos vagões. Agoraqui são seis bilhões e serão muito mais no futuro, de forma que a força necessária para mover a humanidade é quase impensável. Esse deslocamento custa tremendos módulos de forçapoder.

                            Vejamos o motivo do artigo.

                            A seleção natural, biológica/p.2, não poderia suprir as transformações que vemos, porque as modelações cromossômicas não se dão em tempos curtos, sub-geológicos. Assim sendo, há a seleção artificial, psicológica/p.3, que acelera os tempos de mutação.

                            Como fará isso?

                            Evidentemente, acumulando caracteres. Não são os caracteres cromossômicos darwinianos, daí a confusão. São caracteres linguísticos, lamarckianos, aqueles CARACTERES ADQUIRIDOS que ele pensou serem biológicos. Ou seja, gestos e palavras de aprovação ou de sanção, premiando ou punindo aqueles que não se adequam às P/A, expandem ou limitam seu acesso às fontes de procriação, as mulheres, e ao futuro dos genes, ao futuro dos mapas biológicos/p.2. Os mapas b/p.2 dos inconformados linguisticamente (que desafiam as autoridades ou delegações de competência coletivas) não têm futuro, não passam adiante os genes, por falta de aprovação. Enfim, os homens desaprovados são descartados lingüisticamente. Em resumo, a língua é um SELETOR PSICOLÓGICO poderosíssimo. As mulheres menos, porque um homem, para procriar, aceitaria qualquer coisa, inclusive as mulheres desobedientes do coletivo, razão porque a tendência seria passar os genes, que, no entanto, enfrentariam nova barreira adiante.

                            Ora, o resultado de tantos funis é uma pedagogia de um poder ainda não mensurado por teses de mestrado e doutorado. Como é que a Língua geral, como já perguntei, se torna uma FITA DE HERANÇA (digamos, o ADRN é uma FH dita herança cromossômica)?

                            Isso explicaria que em apenas 200 mil anos desde a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, que apareceram separados em tempos poucos distintos, fundindo pouco depois suas MANCHAS CROMOSSÔMICAS), tenha havido seleção biológica/p.2, pressionadíssima pela seleção lingüística ou psicológica/p.3 muito mais poderosa e astuta, insidiosa, artificiosa, e persistente, constante, insistente. Se o tempo das reações cromossômicas é de centenas e até milhões de anos, o das reações verbais é quase que instantâneo, enquanto a evolução e seleção informacional/p.4 dos caracteres de info-controle das habilidades ou aptidões serão ainda mais aceleradas. Esta já está começando, a partir da engenharia genética - na realidade uma arquiengenharia genética.

                            Explicaria que nos apenas 15 ou 12 mil anos em que os indígenas estão nas Américas tenham surgido caracteres tão notavelmente distintos. Os do Brasil, não precisando plantar, porque a Natureza era aqui sobejamente dadivosa, bastando estender as mãos para colher frutas e peixes, tornaram-se preguiçosos, foram selecionados para isso. Mas os das regiões maias, incas, astecas, toltecas e outras, pressionados pelo excesso populacional, pelo programa de crescimento das populações, civilizaram-se, quer dizer, adotaram a seleção psicológica/lingüística de caracteres, ou, dizendo de outro modo, a pedagogia do crescimento, finalmente LÍNGUA, o seletor racional.

                            Reolhando, podemos ver que a Língua geral é um instrumento que PUXA as P/A para o desenho característico dela, em interação biunívoca da P/A com a língua e vice-versa, exemplificando, do português com a comunidade de fundo cultural português, e o contrário. Enquanto o português não mudasse no Brasil, adotando palavras africanas, indígenas, francesas, inglesas, orientais, o Brasil não seria comunidade diferente.

                            Podemos perguntar: a) quão “prosperizante” uma língua é? a) quão progressista?  c) quão organizativa? E assim por diante, pois a língua é o ADRN ou Fita de Herança da comunidade, é ela que atravessa as almas de um tempo a outro, ela é que é imortal. Daí eu não entender muito bem a pouca importância e significado que os brasileiros atribuem a nossa língua portuguesa abrasileirada, isto é, africanizada, indianizada, orientalizada, afrancezada, inglecizada.

                            Abreviando: que é que sabemos dos seletores psicológicos (língua e outros)?

                            Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

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