Surpreendente
Criação da Língua
Ouço
ou leio coisas aqui e ali, vou fazendo traduções com o auxílio da Rede Cognata,
q. v. no Livro 2 o artigo Rede e Grade
Signalíticas. O que tem de surpreendente nessas frases e palavras não está
no gibi, especialmente nas frases.
Eis algumas:
1. No
detestável filme Grunch do muito bom
Jim Carrey (o novo Jerry Lewis), na introdução se diz: “num floco de neve mora
o Grunch” (ou o que seja) = NA TERRA DO MAL MORA O CAOS = ORDEM = COSMOS.
2. O sempre
célebre Papai Noel, que é o nome brasileiro de São Nicolau (verdadeiro e origem
das festas) seria HOMEM MAL, sendo vermelho = HOMEM = SÓ = SOZINHO.
3. Numa
reportagem sobre festas de samba = PONTO = SENTAR no Brasil, o comentarista =
CONTISTA = CENTRALIZADOR fala: "os homens dizem que não sabem dançar, que
eles pisam o barro” = AMASSAM A TERRA.
4. Quiromante =
CLEMENTE = CRISTO = VIDENTE = ADEPTO = CONTADOR.
Como o
Modelo da Caverna e o artigo Voz da
Mulher apontam, as mulheres devem ter sido as criadoras da língua útil,
essa que conhecemos, repleta de adjetivos e verbos e substantivos, porque não
faz muito sentido variedade na caça, sendo as mulheres coletoras e os homens
caçadores, na dupla sociedade coletora/caçadora.
Assim sendo,
voz = MULHER, ao passo que homem = SÓ, em português. Nas outras línguas as
mulheres vão ter colocado sua visão, seu paladar, seu tato, seu olfato e
audição, todos os sentidos externinternos. No caso do português, homem = SÓ.
Quer dizer, as mulheres são a/sós, não-sós, enquanto os homens vivem separados,
dis-juntos, isolados. Mulheres vivem em grupos, funcionam como uma só, quando
querem.
SE SEGUE
que, a ser verdadeira a Rede Cognata, a Língua (em geral Língua das Mulheres) é
um tremendo campo de pesquisas (e desenvolvimentos) teóricos (e práticos) sobre
as mulheres primitivas e sua percepção-de-mundo. Uma quantidade ilimitada de
desenhos estaria contida na Língua, em cada caso (são oito mil línguas e
dialetos). O resultado seria assombroso, para teses de mestrado, doutorado e
pós-doutorado, mormente porque há no campo objetos com os quais comparar as
propostas, reinterpretando tudo.
Se as
mulheres criaram todas as línguas e estas são repositórios de suas vidas
primitivas através do mundo, em cavernas e fora delas, despontará toda um
patrimônio, inaudita riqueza de pensamentos e emoções. E os homens, o que
fizemos? Ah! - muita coisa, demais – mas isso é outra geo-história.
Vitória,
quarta-feira, 25 de dezembro de 2002.
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