Suavidade
Urbanística
Leia
Integração Geológica, neste Livro, para ver o cenário geral, a
suavização completa. Não apenas nossos prédios são caixotes, espécie de caixas
de sapato, como tudo se ergue duro para ferir nossa compreensão. Não há acordo
esquerdireita, a reunião das duas culturas, a fusão dos pares polares
opostos/complementares. Aquela suavização da arquiengenharia e das tecnartes
todas, pela admissão, pela aceitação plena dos opostos, é não apenas importante
como fundamental, isto é, fundamenta o novo existir e o novo Ser.
Não
se trata apenas de seguir a integração com as geo-esculturas, como foi posto,
mas de inventar toda uma nova socioeconomia e mais amplamente uma nova
psicologia, em que estejamos motivados a esse abrandamento geral, tanto nas
tecnartes quanto nas tecnociências, e em tudo mesmo. Não que os conflitos acabem
por serem banidos, pois isso o Desenho de Mundo não admite, mas apenas serão
amortecidos, porque isso é permitido, porque é viável, dado que as flechas
opostas continuariam iguais em módulo.
Essa
SUAVIZAÇÃO URBANÍSTICA, sobre ser ação, ato permanente de urbanizar, quer dizer
acima de tudo ACEITAÇÃO, ato permanente de aceitar, como vimos. Tal aceitação
passa por um replanejamento total. Aceitação da natureza zero, físico-química,
e da primeira natureza, biológica/p.2, dentro de uma segunda natureza,
psicológica/p.3. Quer dizer também CON-VIVÊNCIA, vivência junto, sem tantas
separações, como muros, grades e outros distanciamentos. Isso, por sua vez, nos
remete a um replanejamento psicológico total, que reconfigure as classes para
uma proximidade até agora desconhecida.
Este
mundo-Terra é muito primitivo, devo dizer.
Está
demasiadamente longe desse desenho que tenho em minha mente, de prédios
arredondados junto a colinas e fontes, com muitas praças ou coletivizações, com
ruas retas e tortas, com subidas e descidas, no todo aquele equilíbrio pregado.
Mesmo aqueles condomínios que são para hoje chiques na Barra da Tijuca, no Rio
de Janeiro, não passam de arremedo disso que estou falando. A burguesia mundial
terrestre não conhece nada de verdadeiramente elegante, e muito menos o povo.
Creio que os escritórios de desenho urbano/rural passarão ainda muitas décadas
criando antes de chegarem a essa coisa que estou visualizando.
Vitória,
terça-feira, 12 de novembro de 2002.
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