Respeito
ao Conhecimento
Quanto
respeito é dedicado ao Conhecimento geral (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), fora aos saberes práticos
que as 6,5 mil profissões comportam e os demais conhecimentos espalhados?
Gostaria
de ver (como sugeri no modelo) as universidades do Conhecimento. Em particular
aqui surge o desenho de quatro paralelepípedos postos perpendiculares para a
par em volta de uma cúpula central, que seria o Congresso do Conhecimento,
com deputados práticos desenvolvedores & senadores teóricos pesquisadores
do mundo inteiro. No andar de cima, representando o conhecimento alto, estariam
Magia, Teologia, Filosofia e Ciência, nesta ordem, seguindo os ponteiros do
relógio; e embaixo, correspondendo a seus pares, o conhecimento baixo, Arte,
Religião, Ideologia e Técnica. No centro, acima e abaixo do Congresso, a
Matemática, separada em matemática alta e matemática baixa.
Esses
paralelepípedos poderiam encompridar-se para trás, e crescer para cima, de dois
em dois andares, de modo que seriam um, dois, três andares para Técnica embaixo
e em cima os seus equivalentes científicos. O chato disso tudo é que essa
ordem, necessária, pode levar aos simbolismos congeladores, que impeçam o
progresso e o desenvolvimento.
Mas
isso certamente traria respeito ao Conhecimento mais elevado, de modo que ali
poderiam os modos colocar bibliotecas, livrarias, restaurantes, lojas, salas de
aula e de conferência, salas de estudos, museus, o que fosse, até salas da
mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet), anfiteatros, cinemas,
verdadeiros centros de compras e festividades, um mundo de oportunidades.
Se
um país não se volta para o Conhecimento, mesmo que seja por meio de símbolos,
para estimular a atenção a ele, que esperança pode ter de conservar-se à frente
ou ultrapassar os que estão no trânsito até o limite dianteiro? Respeito ao
Conhecimento pode ser respeito simbólico. Agora, o mais importante é o respeito
real. Pergunto se já foi feito algum levantamento das condições nacionais,
estaduais e municipais/urbanas desse respeito? Não, é claro, a Academia não
proporcionou tal estudo. Os acadêmicos estão sempre dormindo. Não fazem
enquetes, não lutam verdadeiramente pelo Conhecimento. Se nem eles o respeitam,
que dizer dos outros?
Se
as próprias elites não ligam para o Conhecimento que já possuem entesourado, se
não estimulam com fervor a sua busca, se não procuram trazer ao máximo do
estrangeiro, não forçam o povo a aproximar-se dele, que esperança pode haver
para o povo mesmo, ou que expectativas podem criar-se nele quanto à vantagem de
apoderar-se de qualquer conhecimento em particular?
Vitória,
quinta-feira, 07 de novembro de 2002.
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