sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Respeito ao Conhecimento

 

                            Quanto respeito é dedicado ao Conhecimento geral (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), fora aos saberes práticos que as 6,5 mil profissões comportam e os demais conhecimentos espalhados?

                            Gostaria de ver (como sugeri no modelo) as universidades do Conhecimento. Em particular aqui surge o desenho de quatro paralelepípedos postos perpendiculares para a par em volta de uma cúpula central, que seria o Congresso do Conhecimento, com deputados práticos desenvolvedores & senadores teóricos pesquisadores do mundo inteiro. No andar de cima, representando o conhecimento alto, estariam Magia, Teologia, Filosofia e Ciência, nesta ordem, seguindo os ponteiros do relógio; e embaixo, correspondendo a seus pares, o conhecimento baixo, Arte, Religião, Ideologia e Técnica. No centro, acima e abaixo do Congresso, a Matemática, separada em matemática alta e matemática baixa.          

                            Esses paralelepípedos poderiam encompridar-se para trás, e crescer para cima, de dois em dois andares, de modo que seriam um, dois, três andares para Técnica embaixo e em cima os seus equivalentes científicos. O chato disso tudo é que essa ordem, necessária, pode levar aos simbolismos congeladores, que impeçam o progresso e o desenvolvimento.      

                            Mas isso certamente traria respeito ao Conhecimento mais elevado, de modo que ali poderiam os modos colocar bibliotecas, livrarias, restaurantes, lojas, salas de aula e de conferência, salas de estudos, museus, o que fosse, até salas da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet), anfiteatros, cinemas, verdadeiros centros de compras e festividades, um mundo de oportunidades.

                            Se um país não se volta para o Conhecimento, mesmo que seja por meio de símbolos, para estimular a atenção a ele, que esperança pode ter de conservar-se à frente ou ultrapassar os que estão no trânsito até o limite dianteiro? Respeito ao Conhecimento pode ser respeito simbólico. Agora, o mais importante é o respeito real. Pergunto se já foi feito algum levantamento das condições nacionais, estaduais e municipais/urbanas desse respeito? Não, é claro, a Academia não proporcionou tal estudo. Os acadêmicos estão sempre dormindo. Não fazem enquetes, não lutam verdadeiramente pelo Conhecimento. Se nem eles o respeitam, que dizer dos outros?

                            Se as próprias elites não ligam para o Conhecimento que já possuem entesourado, se não estimulam com fervor a sua busca, se não procuram trazer ao máximo do estrangeiro, não forçam o povo a aproximar-se dele, que esperança pode haver para o povo mesmo, ou que expectativas podem criar-se nele quanto à vantagem de apoderar-se de qualquer conhecimento em particular?

                            Vitória, quinta-feira, 07 de novembro de 2002.

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