sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Pulando de Vida

 

                            Outra opção para aprendizado da personagem e dos telespectadores é fazer uma pessoa acordar de manhã como ela mesma e logo em seguida ver-se em outra vida, de criança a adulto, de homem a mulher, do Norte ou do Sul, de qualquer raça, qualquer idade, qualquer condição social, até como animal ou planta, para denunciar as várias situações de injustiça social ou nacional, e discutir os hábitos de alimentação, as bebidas, as drogas, as vidas violentas, os crimes (inclusive de colarinho branco), as viagens, o desrespeito pelas outras nacionalidades, o que for.

                            Você pode perceber que as possibilidades são amplíssimas.

                            Além disso, as pessoas poderiam ficar conhecendo um milhar de lugares, enquanto a série se mantivesse interessante, em países distintos dos centrais, até voltando e avançando no tempo, como artifício de mostrar toda a geo-história e proporcionar a quem olha uma mirada MUITO MAIS ampla da geo-história de todos os povos e nações.

                            Com diretores bons e escritores melhores ainda será possível abordar as mais tremendas questões sociais, já resolvidas ou pendentes, posicionando-se o telespectador do outro lado da sociedade em que está encarnado. Todo o Conhecimento (Arte/Magia, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), além das 6,5 mil profissões, os sexos, os labores (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas), as economias (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), enfim quase tudo que o ser humano fez ao longo dos tempos.

                            Um grupo de psicólogos (psicanalistas, psico-sintetizadores, economistas, sociólogos e geo-historiadores), de professores do Conhecimento, de governantes e de empresários, de políticos e de administradores, de todas as forças vivas da coletividade. Eles próprios aprenderão e poderão escrever livros que, por sua vez, ensinarão a outros. Ao longo de 20 ou 30 anos desse trabalho a humanidade poderá ter melhorado muito, vendo-se cada um de fora, pelos acertos e defeitos pesquisados.

                            Enfim, é mais que filmografia é uma verdadeira lição de vida. Literal e metaforicamente.

                            Vitória, quarta-feira, 06 de novembro de 2002.

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