sexta-feira, 13 de janeiro de 2017


Quedas de Civilizações e Fertilizações

 

                            Coloquei num artigo para o jornal do Sindifiscal um quadro das quedas de civilizações:

1.       476                   Queda de Roma                                    ocidental

2.      1453                  Queda de Constantinopla                        oriental

3.      1789                  Queda da Bastilha (França)                        ocidental

4.     1991                  Queda da URSS                                     oriental

O que acontece de cada vez é que conhecimento guardado, imiscível, foge com as cabeças que vão embora fertilizar os outros lugares, outras geo-histórias. Com as travas internas (especialmente da ex-URSS, com tantas repúblicas, territórios autônomos), ideológicas ou não, sem o segredismo oficial e oficioso, o desejo de não falar com os estrangeiros bárbaros ou inimigos, tal conhecimento não fertiliza o outro, nem vice-versa. A e B, sendo grandes, poderiam ser muito maiores como A, B, AB e BA, e AAB, BBA, ABB e BAA, e assim por diante, pelas situações de relatividade entre dominados e dominantes.

Cria-se uma mancha em volta, com crescente expansão, até que todo o mundo de então esteja tomado, como está acontecendo com o conhecimento soviético acumulado que está vazando em tecnociências e em matemáticas, para não falar em filoideologia e outros modos de conhecimento. Ondas que vão e que voltam, em fertilizações cruzadas até o infinito, até o amortecimento total, que demora séculos.

De cada vez há uma espécie de Renascimento e não irá ser diferente agora. Essa junção do mundo soviético ruído com o Ocidente será muito frutuoso para a humanidade e dará um fôlego a mais.

Nunca vi estudos comparados dos efeitos dessa vazão nas várias épocas em que ocorreram. Ou seja, como era o mundo em termos de Conhecimento geral ANTES e DEPOIS dessas vazões?

Vitória, domingo, 08 de dezembro de 2002.

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