sexta-feira, 13 de janeiro de 2017


Porto Estelar

 

                            Num momento em que retomamos a visão do universo fora da Terra como espaçotempo de habitação, convívio e desenvolvimento socioeconômico futuro, vale a pena criar uma série de TV a partir de um programa piloto, como que um Estelar 1.0, que fosse amadurecendo como um CR-ROM da Microsoft, ano após ano, sobre um Porto Estelar verdadeiro, ou projeção de um verdadeiro, começando com a Estação Espacial Internacional, dando saltos mais ou menos longos ao futuro, coladinho com a realidade dos avanços conhecidos na alta tecnociência ou Ciência/Técnica de ponta.

                            Os trabalhadores teriam famílias mesmo na Terra, iriam ao espaço, voltariam com as dificuldades conhecidas, pagariam contas, sofreriam traições, angústias, fariam poemas e músicas verdadeiras (compostas por músicos de fato), pintariam, mostrariam os problemas da construção em gravidade tendente a zero, estudariam os materiais, veriam documentários, apreciariam a Terra muito mais, ficariam nostálgicos, constituiriam casais (sempre heterossexuais, isto de homossexualidade na TV e no cinema deve cessar), teriam filhos, aprenderiam física/química (e com isso os telespectadores também), biologia/p.2, psicologia/p.3 e informática/p.4 do espaço, aprenderiam universalidade (pois seriam de quase todos os países), dentro da causa da globalização, torceriam por seus times, tricotariam (homens e mulheres), preparariam seus quartos – há um milhão ou um bilhão de oportunidades de roteiros magníficos.

                            Isso se tornaria progressivamente um programa-xodó, um cult, um culto cinematográfico-televisivo. Milhares de jovens se virariam para a nova aventura espacial conjunta. É desde já uma oportunidade bilionária que os governempresas devem apoiar com todo empenho possível e imaginável.

                            Vitória, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.

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