Porto Estelar
Num
momento em que retomamos a visão do universo fora da Terra como espaçotempo de
habitação, convívio e desenvolvimento socioeconômico futuro, vale a pena criar
uma série de TV a partir de um programa piloto, como que um Estelar 1.0,
que fosse amadurecendo como um CR-ROM da Microsoft, ano após ano, sobre um
Porto Estelar verdadeiro, ou projeção de um verdadeiro, começando com a Estação
Espacial Internacional, dando saltos mais ou menos longos ao futuro, coladinho
com a realidade dos avanços conhecidos na alta tecnociência ou Ciência/Técnica
de ponta.
Os
trabalhadores teriam famílias mesmo na Terra, iriam ao espaço, voltariam com as
dificuldades conhecidas, pagariam contas, sofreriam traições, angústias, fariam
poemas e músicas verdadeiras (compostas por músicos de fato), pintariam,
mostrariam os problemas da construção em gravidade tendente a zero, estudariam
os materiais, veriam documentários, apreciariam a Terra muito mais, ficariam
nostálgicos, constituiriam casais (sempre heterossexuais, isto de
homossexualidade na TV e no cinema deve cessar), teriam filhos, aprenderiam
física/química (e com isso os telespectadores também), biologia/p.2,
psicologia/p.3 e informática/p.4 do espaço, aprenderiam universalidade (pois
seriam de quase todos os países), dentro da causa da globalização, torceriam
por seus times, tricotariam (homens e mulheres), preparariam seus quartos – há
um milhão ou um bilhão de oportunidades de roteiros magníficos.
Isso
se tornaria progressivamente um programa-xodó, um cult, um culto
cinematográfico-televisivo. Milhares de jovens se virariam para a nova aventura
espacial conjunta. É desde já uma oportunidade bilionária que os governempresas
devem apoiar com todo empenho possível e imaginável.
Vitória,
sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.
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