Presidência
As
instituições humanas são extremamente primitivas, que pese o grande
desenvolvimento em relação ao passado.
Por
exemplo, não há um departamento na Presidência da República para sintanalisar
as 6,5 mil profissões, isso posso garantir, não apenas por nunca ter ouvido
falar quanto principalmente porque não seria do estilo deles serem exaustivos.
Não há um departamento para lidar com os modos do labor (operários,
intelectuais, financistas, militares e burocratas), porque isso é coisa recente
do modelo, ainda não divulgado. Nem divisão da Chancelaria em quatro mundos,
com grupos de 55 para os perto de 220 países. Não há, com toda segurança, um Departamento
de Excelência, porque isso seria exigir demais da civilização brasileira de
fundo português.
Não
há uma repartição em dois níveis para o Conhecimento geral (alto: Magia,
Teologia, Filosofia, Ciência; baixo: Arte, Religião, Ideologia e Técnica; e
Matemática ou Geo-Algébrica). Não há interesse assimétrico nas classes do TER
(ricos, médios-altos, pobres e miseráveis) que favoreça o lado despossuído. Não
há um Instituto de Fomento Tecnocientífico, pois os governempresas
brasileiros não favorecem a T/C, por serem subalternos da pesquisa & do
desenvolvimento exteriores. Não há também, com certeza, um Instituto de
Fomento Tecnartístico, para as tecnartes (da visão, da audição, do paladar,
do olfato e do tato), porque qualquer ganho que estas pudessem proporcionar
como independência do sentir questionaria aquela mesma dependência abjeta.
Então,
a Presidência brasileira (e a Governadoria e a Prefeitura) são coisas
extremamente atrasadas, posso dizer sem sequer investigar a fundo.
Ao
contrário, esperaríamos que houvesse uma Assessoria de Mídia (de TV, de
Rádio, de Revista, de Jornal, de Editoria e de Internet, para não falar nos
meios menores). Um Departamento de Enquetes para estudar as perguntas do
povo (e das elites também) seria demais, assim como ultrapassaria toda
esperança minha uma Secretaria das Sugestões, como pedi num dos textos
deste Livro. Poderíamos dizer durante horas do que NÃO HÁ.
Enfim,
o que a Presidência está fazendo lá?
Vitória,
quarta-feira, 13 de novembro de 2002.
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