terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Planejamento Americano

 

                            De julho de 1984 a 1987 eu estava em Linhares e escrevi alguns textos que começaram com A Tramóia do Ien, nos quais eu descrevia uma conspiração americana para espalhar a letalidade da crise que estava vindo e que, eu achava, aconteceria depois de 1997, não só por conta das previsões de Batra como em razão de pensamento próprio. Depois coloquei esses textos no Jeca Tutu, uma Cartilha Pedagógico-Tributária, que comecei a construir lá por 1988, já na AFES, Associação do Fisco Espírito-santense, depois Sindifiscal, Sindicato do Grupo TAF no ES.

                            Escrevendo os ciclos do modelo cheguei à conclusão de que aconteceria uma crise energética em 2001, porque estimei um ciclo perfeito de 4 x 7 = 28 anos, ao passo que é possível que o ciclo de Batra de 30 anos esteja, para a Terra, mais de acordo, devendo a data ser mudada para 2003. Não é o caso de postergar, ou acontece ou não; se não, o modelo não serve, e pronto.

                            Bom, acontece que os EUA começaram uma coisa nova em relação às civilizações do passado. Por conta dos futurologistas, um certo instinto e uma determinada razão preditiva se instalaram por lá. Eles passaram mesmo a crer, em virtude do quê se prepararam e estão planejando COM ANTECIPAÇÃO DE VINTE ANOS, ou seja, 2002 corresponde a 1982, e daqui já começaram a agir sobre 2022.

                            Isso lhes dá uma vantagem nítida sobre todos os outros povos e nações da Terra, uma vantagem tão significativa que pode ser que, resolvidos os problemas da extrema competitividade da China, do Japão e da unificação da Europa, enquanto novos termos socioeconômicos, pacificada a questão do terrorismo, eles dêem um novo salto à frente, muito mais espantosos que os anteriores.

A competitividade japonesa e alemã vinha de que eles não tinham que sustentar enormes forças armadas, à custa da produção e da produtividade destinada ao povo e às elites, principalmente àquele. A competitividade chinesa vem do roubo depravado de patentes, bem como de muito trabalho e disciplina, e de uma enorme contenção passada, e não se esgotará de pronto. A Europa sempre será batida PORQUE é velha e não tem mais motivo algum para reconstruir, nem heterogeneidade, nem necessidades insatisfeitas. O terrorismo terá fim logo, porque está atingindo indiscriminadamente todos os países, e com isso perderá sua base.

                            Enfim, o planejamento com duas ou três ou no futuro mais décadas de adiantamento dará à coletividade americana, pela primeira vez em milênios, uma vantagem competitiva notavelmente característica, que promete tornar os EUA a primeira nação sem fim. É claro que é só promessa, porque a coisa não é lá planejamento divino, digamos assim, mas mesmo assim é uma promessa efetiva, real. Pela primeira vez na geo-história uma nação, só por se voltar inadvertidamente para o futuro, com aquela bobagem do futurismo da futurologia, quase conquistou as graças do Céu. Quase, faltou pouco, porque, afinal de contas, os americanos não são perfeitos.

                            Vitória, domingo, 03 de novembro de 2002.

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