sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Palad’Arte

 

                            Chamei de TECNARTES DO CORPO.

                            Da visão: fotografia, poesia, prosa, dança, moda, desenho, pintura, etc. Da audição: música, discurso, etc. Do olfato: perfumaria, etc. Do paladar: comida, bebida, pasta, tempero, etc. Do tato: arquiengenharia, cinema, teatro, urbanismo, tapeçaria, esculturação, paisagismo/jardinagem, decoração, etc. Pensei nessas 22.

                            As TECNARTES DO PALADAR, sendo aquelas, podem e são freqüentemente fundidas. Entrementes, mesmo os mestres pouco usam das demais para favorecer o paladar, pelo menos “de caso pensado”, como diz o povo, ou seja, por meio da meditação de como as interferências mútuas, cruzadas, poderiam elevar o gosto a novos níveis de significação e refinamento universal, nacional, estadual e municipal/urbano, para não dizer empresarial, grupal, familiar e individual.

                            É claro que já aconteceram avanços consideráveis nas artes do paladar, porém podemos ir muito mais longe, se pensarmos, por exemplo, em usar a decoração para induzir certos estados de espírito sensíveis, ou a fotografia, ou a dança, etc., de modo que os grandes restaurantes para os ricos e médios-altos podem dar saltos revolucionários de grande monta, oferecendo serviços tremendos, nunca dantes vistos, nas grandes cidades, e mesmo nas médias, o que seria eventualmente copiado pelos menos favorecidos, via mídia. Haveria uma cascata, uma transferência súbita e violentamente criativa dos recursos primordiais dos quais os outros emanariam.

                            Isso pressupõe um Congresso dos Tecnartistas mirando o paladar, quer dizer, todos os T/A forçando seus conhecimentos NO FOCO, no paladar e no seu desenvolvimento formal e conceitual.

                            Vitória, sexta-feira, 08 de novembro de 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário