domingo, 22 de janeiro de 2017


Os Serviços 4A

 

                            Sigamos a trilha dos três artigos neste Livro 19, As Percepções de Gabriel, em Torno da Palavra e Talentos Perdidos. Dizem que existem 6,5 mil profissões. Se for verdade que há um nível AAAA = 4A = 1/ (40)4 = 1/ 2.560.000, cerca de 2,5 mil pessoas em seis bilhões, então nas 6,5 mil profissões poderíamos ter 16,25 milhões de excepcionais trabalhadores de todos os tipos e a humanidade prosperaria rapidamente. Acontece que, como vimos em Talentos Perdidos, as pedrinhas não serão selecionadas eficazmente pela malha da peneira e dessa forma as pessoas que seriam os profissionais mais perfeitos não estarão nas profissões adequadas a eles. O capital humano mais perfeito será constituído de poucos, pouquíssimos indivíduos realmente competentes naquilo que estão fazendo.

                            Não é à toa que os empresários pagam caro quando encontram o talento mais extremado. Um nosso amigo, AAG, engenheiro e construtor civil, me disse certa vez que prefere pagar caro um assentador excepcional de azulejos que pagar mais barato alguém que iria depois refazer o serviço. Rende muito mais, pela rapidez do assentamento, e por não ser necessário nunca refazer a obra, que ficaria ruim, gastaria o dobro de material e de tempo, renderia aborrecimentos, etc.

                            Então, o objetivo é sempre encontrar e contratar essa gente, esses raros que sabem o que estão fazendo, no patamar QUATRO (A). Encontrar as melhores agências de turismo, as melhores agropecuárias, os melhores cientistas, os melhores técnicos em computação. Os governempresas deveriam ter departamentos só para isso. E aquelas empresas que os constituam, a esses departamentos, prosperarão mais rápido. São os tais “olheiros”, os contratadores de talentos. Agoraqui estou sugerindo o estabelecimento firme e bem dirigido de um departamento que se treine para essa observação. Que pesquise & desenvolva métodos teóricos & práticos de contratação. Que tenha verbas para tal.

                            E, principalmente, que os departamentos que utilizem os serviços de tais pessoas se estabeleçam em volta delas, não as paparicando, mas dando-lhes todos os apoios, de modo a delas extrair o máximo que for possível sem ferir suas (justas) suscetibilidades.

                            Vitória, terça-feira, 07 de janeiro de 2003.

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