Os Anos FHC
Fui
ao médico ontem e uma senhora que estava lá fez boa análise da situação
brasileira, desde Collor para cá. Claro que sei que Collor foi, depois de
Juscelino, o único estadista que o Brasil teve, ainda que voltado para o mal.
Então, como é que FHC estava mudando o Brasil?
Disse
ela, sem falar comigo, que tudo que FHC fez era ainda projeto de Collor, o que
eu não havia percebido. Na lista dos políticos, 1) povo, 2) lideranças, 3)
profissionais (inclusive políticos), 4) pesquisadores, 5) estadistas, 6)
santos/sábios, 7) iluminados, FHC é um pesquisador, mais propriamente um
sociólogo de formação. Nunca foi um estadista, nem será. Itamar herdou o
governo de Collor, que foi posto para fora depois de dois anos de mandato.
Elegeu FHC, que o traiu. As reformas começaram com Itamar PORQUE já tinham
principiado com Collor. Sabe-se que Collor era comunista na juventude; foi à
China, decidiu o programa de governo comendo com os amigos pato xadrez em
Pequim.
Do
que sei, o programa de recuperação brasileiro da inflação era esperto demais
para ser de FHC, Itamar ou mesmo Collor, ou seus colaboradores. Penso que ou
foram os chineses ou foram os judeus, porque Israel foi um dos primeiros a
implantar. Ou Israel, sendo amigo dos EUA, pode ter herdado deles lá, pois a
Escola de Chicago implantou programa eficaz no Chile. Como restabelecer essa
trilha?
Em
todo caso FHC fez muitas coisas extraordinárias e fiquei surpreso com a
esperteza da turma dele, o que eu de modo algum esperava. Lógico, foi Collor
que flectiu, dobrou, curvou o governo brasileiro do caminho anterior para o
caminho novo, o que só os estadistas sabem fazer, ou alguém mais para cima. Não
há nenhum iluminado no governo federal, nem nenhum santo ou sábio, que eu
saiba, ou pelo menos que, tendo se evidenciado, possamos reconhecer.
Que
pensar?
Aquela
senhora deu o tom: Collor imaginou o novo estado brasileiro, os outros só
copiaram o programa que já estava pronto. E sem dar o devido crédito, como é
usual no Brasil.
Vitória,
quinta-feira, 07 de novembro de 2002.
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