O Livro do Universo
Galileu
(italiano, 1564 a 1642, 78 anos entre datas) disse que o livro do universo está
escrito em caracteres matemáticos, enquanto Platão (grego 428 ou 427 a 348 ou
347, 80 anos entre datas), criador da Academia, colocou no pórtico dela que
quem não soubesse geometria não entrasse lá.
Coloquei
a Matemática ou geometrialgébrica no centro do quadrado do Conhecimento e no
topo de sua pirâmide, como centro de tudo, tanto do Conhecimento Alto (Magia,
Teologia, Filosofia, Ciência) quanto do Conhecimento Baixo (Arte, Religião,
Ideologia, Técnica), o que está longe de ser pouco.
Então,
o livro do universo é escrito em caracteres matemáticos, mas é escrito em todos
os outros caracteres, inclusive os das 6,5 mil profissões, e nos das línguas
faladas por todas e cada uma das pessoas da Terra do passado, do presente e do
futuro, e de todos os mundos já existentes, que existem agora e que irão
existir.
Enfim,
o livro do universo é falado em todas as formas. Não existe esse exclusivismo
matemático, esse Testamento de Adão no qual se diga que devemos necessariamente
ler na língua matemática. De modo algum! E é pretensão totalmente descabida
pensar assim e proceder como se fosse. Isso indica como os “sábios” querem essa
exclusividade inteiramente extemporânea, abusados que são.
As
pessoas devem opor-se a tal apropriação de suas liberdades com o máximo de
insistência e diligência. Se não, fica parecendo que só poderá ler o universo
quem saiba matemática, e isso não é verdade, nunca foi, não é e não será.
Vitória,
quarta-feira, 23 de outubro de 2002.
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