O Escritor
Seria um filme sobre
um escritor que faz qualquer texto e descobre por notícias de jornal que algo
muito parecido se passou “na vida real” (existe outra?) - com gente semelhante
aos seus personagens. Investigando mais a fundo ele se convence de que FOI
EXATAMENTE como no livro. Daí ele começa a procurar informações sobre os fatos
de quando publicou o primeiro e verifica que, um-a-um, TODOS os livros retratam
fielmente a realidade. Poderia acontecer de ele estar mediunicamente copiando o
real, mas então ele escreve mais um e pouco depois de publicado tudo se passa
exatamente como descrito.
Então ele começa a
escrever livro após livro, vendo-os acontecer tal qual. Daí ele tem a idéia de
modificar a vida dos que se acham seus inimigos, castigando-os conforme sua
imaginação quanto ao que “merecem”. Em seguida reconstrói a vida dos amigos,
parentes, todos à sua volta. Se alguém lhe diz uma palavra mais brusca, ele
pune, e assim por diante. Depois, pensa, escreve e faz explodir uma bomba
atômica. Com remorso cancela. E com isso vai se tornando cada vez mais
ambicioso, o que permite explorar numa série uma quantidade incrível de
situações.
Isso naturalmente
nos previne quanto ao poder e ao poder absoluto. Será que qualquer ser racional
deve ter tanto poder, sem as salvaguardas de uma compreensão igualmente vasta?
O poder é coisa muito preocupante.
Vitória,
terça-feira, 07 de janeiro de 2003.
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