domingo, 22 de janeiro de 2017


O Canal de Info-Comunicação

 

                            Lá por 1988 Joemar Dessaune e eu, no que era ainda a AFES (Associação do Fisco Espírito-santense) nos reunimos na casa dele e da esposa e durante quinze dias elaboramos uma “lei orgânica” (que só depois fiquei sabendo valer apenas para municípios) do Fisco capixaba. Ela foi posta de lado, desconsiderada pela Secretaria de Estado da Fazenda do ES (SEFA/ES) PORQUE pedíamos que fossem colocados mestres e doutores, ao que os burocratas retrucaram que nem os juízes exigiam então tão alto grau (mas agora estão estimulando muitos colegas a conseguir mestrado).

                            Nessa LO colocamos um organograma e por falha de desenho a mesa de comunicação ficava na mesma altura das coordenações, o que bastou para que o falecido Dalton Perim Zipinotti, então coordenador de fiscalização, ficasse bastante irritado por uma simples mesa de telefonia estar situada tão alto.

                            Podemos raciocinar agora que entre o EMISSOR e o RECEPTOR deve estar um canal de informação-comunicação ou controle, de info-controle, de IC, do mesmo porte das necessidades de ambas as partes. Se são pequenas quase não se comunicarão, como nas ditaduras, o que era bem aquela época, fim dos tempos antigos, começo dos novos em que nossa turma de 1984 estava entrando. Se pretendemos crescimento o canal deve ser largo mesmo, ligando fartamente com a mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet), com valorização da democracia e da publicação dos atos de governo, e do povelite/nação ou cultura mais além. Mas se o objetivo é, como foi até agoraqui, o de ocultar, faz sentido estreitar os canais de IC. Daí a surpresa do Dalton.

                            Entrementes, se a intenção é que todos falem com todos, que todos se comuniquem com todos para trocar as informações a um ritmo aceleradíssimo, obviamente os canais devem ser largos e estar desimpedidos, havendo um especial serviço de desimpedimento.

                            Aliás, podemos mensurar a democracia de um conjunto qualquer (PESSOAS; indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo) justamente pela soma das seções retas de todos os canais de comunicação. Pelo simples fato de até 1989 não haver Internet podemos julgar que o mundo-Terra era na realidade bem antipático e antidemocrático. Era um jogo sujo, de ocultamentos, mais ou menos servis e perversos.

                            Assim sendo, sem querer o Dalton tocou numa questão central, que deverá estar no redesenho de todas as nações que se desejem democráticas, livres, abertas e competitivas.

                            Vitória, domingo, 05 de janeiro de 2003.

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