O Canal de
Info-Comunicação
Lá por 1988 Joemar
Dessaune e eu, no que era ainda a AFES (Associação do Fisco Espírito-santense)
nos reunimos na casa dele e da esposa e durante quinze dias elaboramos uma “lei
orgânica” (que só depois fiquei sabendo valer apenas para municípios) do Fisco
capixaba. Ela foi posta de lado, desconsiderada pela Secretaria de Estado da
Fazenda do ES (SEFA/ES) PORQUE pedíamos que fossem colocados mestres e
doutores, ao que os burocratas retrucaram que nem os juízes exigiam então tão
alto grau (mas agora estão estimulando muitos colegas a conseguir mestrado).
Nessa LO colocamos
um organograma e por falha de desenho a mesa de comunicação ficava na mesma
altura das coordenações, o que bastou para que o falecido Dalton Perim
Zipinotti, então coordenador de fiscalização, ficasse bastante irritado por uma
simples mesa de telefonia estar situada tão alto.
Podemos raciocinar
agora que entre o EMISSOR e o RECEPTOR deve estar um canal de
informação-comunicação ou controle, de info-controle, de IC, do mesmo porte das
necessidades de ambas as partes. Se são pequenas quase não se comunicarão, como
nas ditaduras, o que era bem aquela época, fim dos tempos antigos, começo dos
novos em que nossa turma de 1984 estava entrando. Se pretendemos crescimento o
canal deve ser largo mesmo, ligando fartamente com a mídia (TV, Rádio, Revista,
Jornal, Livro e Internet), com valorização da democracia e da publicação dos
atos de governo, e do povelite/nação ou cultura mais além. Mas se o objetivo é,
como foi até agoraqui, o de ocultar, faz sentido estreitar os canais de IC. Daí
a surpresa do Dalton.
Entrementes, se a
intenção é que todos falem com todos, que todos se comuniquem com todos para
trocar as informações a um ritmo aceleradíssimo, obviamente os canais devem ser
largos e estar desimpedidos, havendo um especial serviço de desimpedimento.
Aliás, podemos
mensurar a democracia de um conjunto qualquer (PESSOAS; indivíduos, famílias,
grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo)
justamente pela soma das seções retas de todos os canais de comunicação. Pelo
simples fato de até 1989 não haver Internet podemos julgar que o mundo-Terra
era na realidade bem antipático e antidemocrático. Era um jogo sujo, de
ocultamentos, mais ou menos servis e perversos.
Assim sendo, sem
querer o Dalton tocou numa questão central, que deverá estar no redesenho de
todas as nações que se desejem democráticas, livres, abertas e competitivas.
Vitória, domingo, 05
de janeiro de 2003.
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