O Caso das Moedas
Sonhei
que um determinado sujeito chegava a um bar e tentava pagar com enormes moedas
velhas, que naturalmente foram rejeitadas, para grande espanto seu. Ele
desperta então para o fato de que as moedas são de dez ou quinze anos antes, tendo
perdido o valor com a inflação. Contudo continua convicto de que deveriam ser
aceitas, como se estivesse fazendo uma operação trivial no tempo próprio.
Isso
é motivo para uma trama, como se o cara tivesse sido transplantado de um tempo
a outro uma década ou duas. Pode ser o ponto de partida. Entretanto, se fosse
só isso, seria trivial, porque já fizeram muitos filmes sobre os
pseudodeslocamentos temporais.
Seria
muito mais interessante se, investigando, descobrissem que se trata de uma
conspiração, de uma brincadeira de algum sabidão, incluindo um suposto ator que
se faz passar por alguém do passado, mas de forma bem convincente mesmo, ainda
quando a “farsa” tenha sido descoberta. Mesmo
sob extrema pressão ele continua negando tudo. As pessoas quase todas se dão
por satisfeitas, achando que o camarada é só um doido que levou tudo longe
demais, até que alguém mais atento puxa uma ponta e com ela descobre que DE
FATO ele veio do passado. Na realidade é um viajante temporal colecionador que
transita entre o passado e o futuro e que perdeu a memória de si, teve amnésia,
mas se lembra de coisas das vidas das pessoas e de acontecimentos que estão no
futuro, uma série de desastres em várias partes do mundo – coisas leves. Daí
segue a trama e uma série todinha.
Vitória,
domingo, 24 de novembro de 2002.
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