sexta-feira, 13 de janeiro de 2017


O Anjo dos Suicidas

 

                            Seria uma série de TV, bem profunda mesmo, que mostrasse as alternativas ao suicídio ou a essa eutanásia proposta por alguns, com agora um fraco movimento mundial “pelos direitos civis de escolher a hora da morte”, o assassinato sancionado pelo Estado.

                            Depois de cometido o suicídio ou praticada a eutanásia (que é assassinato, daí não dizermos “cometida a eutanásia”, porque o optante não é o que morre, como também no aborto) uma alternativa de vida emergiria ou imediatamente ou a prazo mais longo, inclusive a prazos muito longos.

                            Inicialmente os espertos iriam achar isso piegas, mas logo compreenderiam a profundidade: ninguém sabe o que Deus, posto na Tela Final, planejou para as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas). Essa linha de pensamento rende à beça, permitindo milhares de variações, que desde logo devem ser espertas para não cairmos no contrário do que pretendíamos, a chacota devida a roteiros fracos.

                            Às vezes brilhantes destinos e realizações, às vezes mais dor (que vai servir de ensinamento e amparo às almas), às vezes doações, uma série de serviços que serão cancelados pelo suicídio e pela eutanásia. A pessoa não deve se arrepender e voltar atrás, não, de jeito algum, e sim terminar o serviço. Depois de morta é que será apresentada a alternativa.
                            Vitória, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.

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