Novo Passaporte
No Almanaque Superinteressante 2003, p.
148/9, falam de Chiume Sugihara, para mim totalmente desconhecido. Era cônsul
japonês durante a Segunda Guerra Mundial e salvou em 1940 quase 50 mil pessoas
(judeus, poloneses, lituanos, etc.), dando-lhes vistos para o trem
transiberiano até o Japão, contra as ordens de seu governo. Depois o Yad Vashem
(Memorial do Holocausto) judeu deu-lhe em 1985 o título de Justo Entre as
Nações. Morreu em 1986 aos 85 anos.
Eu desconhecia
totalmente esta história, como também de Fry e de Schindler, de quem já falei
no Livro 17, justamente no artigo Fry e
Schindler. Fry salvou dois mil artistas judeus na França ocupada, junto ao
governo colaboracionista de Vichy, mancha perpétua na geo-história, e Schindler
milhares, ver o filme de Steven Spielberg, A
Lista de Schindler. Deve ser construída uma praça onde todos esses (e os
outros todos) heróis anônimos sejam perpetuamente saudados, com boa
arquiengenharia, urbanismo, paisagismo e as demais tecnartes, conforme o modelo.
Eles merecem isso e muito mais, por sua consideração pela vida humana. Rastrear
essa gente através da GH humana é o mínimo que se pode fazer por sua memória.
Agora, é certo que a
humanidade precisa saber mais, desses e de outros valentes e destemidos que
colocaram suas vidas em risco por seus irmãos e irmãs. Porisso ajuízo que é da
maior relevância colocar por alguns anos um retrato e pequenas biografias de
cada um (de um na introdução e de outro no fim) sucessivamente nos passaportes,
de modo que em toda parte sejam gratificados pela lembrança.
Vitória, domingo, 05
de janeiro de 2003.
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