domingo, 22 de janeiro de 2017


Novo Passaporte

 

                            No Almanaque Superinteressante 2003, p. 148/9, falam de Chiume Sugihara, para mim totalmente desconhecido. Era cônsul japonês durante a Segunda Guerra Mundial e salvou em 1940 quase 50 mil pessoas (judeus, poloneses, lituanos, etc.), dando-lhes vistos para o trem transiberiano até o Japão, contra as ordens de seu governo. Depois o Yad Vashem (Memorial do Holocausto) judeu deu-lhe em 1985 o título de Justo Entre as Nações. Morreu em 1986 aos 85 anos.

                            Eu desconhecia totalmente esta história, como também de Fry e de Schindler, de quem já falei no Livro 17, justamente no artigo Fry e Schindler. Fry salvou dois mil artistas judeus na França ocupada, junto ao governo colaboracionista de Vichy, mancha perpétua na geo-história, e Schindler milhares, ver o filme de Steven Spielberg, A Lista de Schindler. Deve ser construída uma praça onde todos esses (e os outros todos) heróis anônimos sejam perpetuamente saudados, com boa arquiengenharia, urbanismo, paisagismo e as demais tecnartes, conforme o modelo. Eles merecem isso e muito mais, por sua consideração pela vida humana. Rastrear essa gente através da GH humana é o mínimo que se pode fazer por sua memória.

                            Agora, é certo que a humanidade precisa saber mais, desses e de outros valentes e destemidos que colocaram suas vidas em risco por seus irmãos e irmãs. Porisso ajuízo que é da maior relevância colocar por alguns anos um retrato e pequenas biografias de cada um (de um na introdução e de outro no fim) sucessivamente nos passaportes, de modo que em toda parte sejam gratificados pela lembrança.

                            Vitória, domingo, 05 de janeiro de 2003.

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