Nervosíssimo
Diz Michio Kaku em
seu livro, Visões do Futuro (como a
ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 274: “À
primeira vista, a tentativa de decifrar os milhares de genes necessários para a
criação de um único órgão do corpo pareceria um empreendimento vão. Por
exemplo, acredita-se que nosso sistema nervoso envolve quase metade de nosso
genoma, ou quase 50 mil genes”.
Veja que os seres
racionais precisam estar coladinhos com a Natureza, resposta pronta, muito
adequada a todo movimento que ela faça. Poderíamos ser racionais sem um sistema
nervoso tão vasto? Aí faz sentido o que Bill Gates diz do SISTEMA NERVOSO
DIGITAL, o que valeria como acréscimo não apenas para empresas, mas para todos
(PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES:
municípios/cidades, estados, nações e mundo).
Isso tem um profundo
desdobramento em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), num nível que não podemos
perceber mesmo por enquanto. Porque significa que os ambientes exigem muitas
respostas de nós e que nós estamos, no falar do povo, “nas pontas dos cascos”,
constantemente alertas, o que certamente leva a retroalimentação positiva e
ruptura algumas vezes, como sabemos das notícias dos hospícios e da mídia. Não
admira mesmo nada que os seres humanos sofram de esgotamento nervoso, estando
tão colados à Natureza por uma percepção exacerbada, exagerada, acentuadíssima,
excessiva, aguçadíssima. Marcação homem-a-homem o tempo todo, sem dar descanso.
Uma vida assim tão rigorosa naturalmente evoluiu PARA APTIDÃO NERVOSA, para a
seleção do nervosismo mais apto ou hábil, isto é, que consegue dar respostas
sem titubear e sem se desequilibrar. Isso, por sua vez, é dizer que a Natureza
exigiu muito e deu grandes prêmios, pois basta conhecermos mais do sistema
nervoso humano para podermos construir computadores espetaculares. Desse modo o sistema nervoso humano é o
grande prêmio da decifração do nosso genoma.
Vitória,
segunda-feira, 06 de janeiro de 2003.
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