Nosso amigo GHB tem
toda a razão ao dizer que Isaac Newton (matemático, físico, astrônomo e, menos
conhecido e exposto, místico inglês, 1643 a 1727, 84 anos entre datas)
inaugurou a contemporaneidade. Diferentemente da Revolução Francesa, que teve
manifestação aguda em 1789, data escolhida como a do começo da Idade
Contemporânea, para Newton não temos uma data fixa. Newton foi um desses cujas
idéias não tinham precedentes, embora ele mesmo tenha dito que subiu às costas
de gigantes. Na realidade sabemos que várias coisas tinham sido anunciadas
pouco antes, inclusive muito antes a base do cálculo infinitesimal, desde os
gregos de Alexandria, o que está longe de tirar o mérito dele ou de empanar
suas obras. Pelo contrário, ele é ímpar em muitas coisas.
Podemos, em favor de
um esclarecimento maior, pensar nas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) e nos eventos AMBIENTAIS (municipais/urbanos, estaduais, nacionais e
mundiais) que tenham servido como corte entra as duas idades, a Moderna, que
foi de 1453 a 1789, e a Contemporânea, de 1789 a 1991, segundo minhas idéias.
O CORTE INDIVIDUAL
foi o de Newton.
Sem dúvida alguma
ele foi o primeiro dos contemporâneos, o inaugurador dos novos tempespaços, das
novas geo-histórias, das novas psicologias, dos novos modos humanos de
raciocinar. Individualmente ele começou a nova contagem. Os gregos tinham o
conceito de akmé, a apresentação ao mundo, que desejo colocar no que seria a
metade dos 84 anos de vida de Newton, 1643 + 42 = 1685, e esta seria a data
dessa inauguração individual, mais de 100 anos antes da inauguração ambiental
em Paris.
Vemos que estudar a
vida de Newton é cada vez mais relevante, embora eu discorde total e
abertamente de Hart quando ele, estupidamente, coloca, por falta de visão,
Newton à frente de Jesus como a personalidade mais importante de todos os
tempos. Nem de longe, como já coloquei em A
Polêmica de Hart, q. v o Livro 1.
Vitória,
quinta-feira, 23 de janeiro de 2003.
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