Modelo e Convergências
O
modelo pode ser visto como uma esfera, em que os diâmetros são a definição,
todos partilhando o mesmo centro e tendo nas extremidades os pares polares
opostos/complementares, de tal forma que, vendo um diâmetro, pelos opostos supostos
inconciliáveis o mundo pareceria impossível.
Entretanto,
é possível e verdadeiro.
Como
as tecnociências e o Conhecimento todo (Magia/Arte, Teologia/Religião,
filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) estão sendo construídos,
elas e ele são flechas passando ao largo do centro. Embora haja um ritmo de
crescimento da convergência = CONHECIMENTO, pela compreensão promovida pelos
parcialistas ou especialistas, os generalistas ou holistas são ainda poucos, e
o ritmo, ainda que exponencial, é lento, relativamente, porque poderia ser
incomensuravelmente maior.
Como
o modelo propôs, a convergência se daria em ritmo muito mais acelerado, porque
agora não estaríamos mais trabalhando por nossas teses e sim pelo avanço geral
do Conhecimento. Acontece que as pessoas, por puro sadomasoquismo, não desejam
isso. Querem continuar possuidoras exclusivistas de seus círculos de
conhecimento (tanto o conhecimento em si quanto o partilhamento dele em sistema
fechado ou semifechado; por quê motivo os seres humanos fariam sociedades
secretas ou de mistérios?), mantendo os outros “de fora” como indigentes do
Saber geral. Não é franca a distribuição dos saberes, não é totalmente
democrática, mesmo com o advento da Internet.
No
modelo proponho não apenas que essa convergência se dê, como de fato se dê pela
abertura, de modo que cada um e todos possamos abordar muitas questões, de
diferentes conhecimentos. Assim, qualquer pessoa poderia escrever sobre tudo,
criando os ligativos entre as ciências e subciências todas da pontescada
tecnocientífica. Seria aproveitável o que tivesse base real. Um físico seria
também biólogo; um informático dialético, e assim por diante, até todos os
conhecimentos estarem fundidos.
Vitória, terça-feira, 12 de novembro de
2002.
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