sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Modelo e Convergências

 

                            O modelo pode ser visto como uma esfera, em que os diâmetros são a definição, todos partilhando o mesmo centro e tendo nas extremidades os pares polares opostos/complementares, de tal forma que, vendo um diâmetro, pelos opostos supostos inconciliáveis o mundo pareceria impossível.

                            Entretanto, é possível e verdadeiro.

                            Como as tecnociências e o Conhecimento todo (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) estão sendo construídos, elas e ele são flechas passando ao largo do centro. Embora haja um ritmo de crescimento da convergência = CONHECIMENTO, pela compreensão promovida pelos parcialistas ou especialistas, os generalistas ou holistas são ainda poucos, e o ritmo, ainda que exponencial, é lento, relativamente, porque poderia ser incomensuravelmente maior.

                            Como o modelo propôs, a convergência se daria em ritmo muito mais acelerado, porque agora não estaríamos mais trabalhando por nossas teses e sim pelo avanço geral do Conhecimento. Acontece que as pessoas, por puro sadomasoquismo, não desejam isso. Querem continuar possuidoras exclusivistas de seus círculos de conhecimento (tanto o conhecimento em si quanto o partilhamento dele em sistema fechado ou semifechado; por quê motivo os seres humanos fariam sociedades secretas ou de mistérios?), mantendo os outros “de fora” como indigentes do Saber geral. Não é franca a distribuição dos saberes, não é totalmente democrática, mesmo com o advento da Internet.

                            No modelo proponho não apenas que essa convergência se dê, como de fato se dê pela abertura, de modo que cada um e todos possamos abordar muitas questões, de diferentes conhecimentos. Assim, qualquer pessoa poderia escrever sobre tudo, criando os ligativos entre as ciências e subciências todas da pontescada tecnocientífica. Seria aproveitável o que tivesse base real. Um físico seria também biólogo; um informático dialético, e assim por diante, até todos os conhecimentos estarem fundidos.
                            Vitória, terça-feira, 12 de novembro de 2002.

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