Modelações do Balde
No
Livro 8, Modelo do Balde, falei de como podemos usar um balde em rotação
para ver as camadas mais para o centro da Terra: substituindo a gravidade pela
inércia ao girar o balde hipotético veremos a água formar nas bordas um parabolóide
de revolução que é o equivalente ao contrário da esfera.
Agora
precisamos dar mais um passo.
Imagina
a Nébula de Formação, a nuvem da qual foram formados os Sol, os planetas
terrestróides, os planetas jupterianos, os satélites e os demais objetos. Como
está escrito em A Posteridade do Modelo, primeiro bloco das
posteridades, no texto 1, Modelo Cosmogônico Solar, para a Terra e os
planetas interiores ficaram os átomos e as moléculas mais pesadas, de modo que
se a densidade média da Terra é de cerca de 5,8 kg/dm3, na
superfície é de menos de três, ao passo que nas profundezas é de 13 ou 15.
Com
o MODELO DO BALDE (que é cognato de Terra) podemos saber PRECISAMENTE onde se
encontra o quê e em que proporção. Coloquemos à esquerda a realidade (obtida da
experiência) como uma assíntota do melhor acordo possível e à direita a verdade
aproximativa virtual, assíntota também da reta, que sofrerá sucessivas
aproximações hipotéticas, isto é, derivadas das hipóteses.
Teremos
uma reta vertical e à esquerda e à direita duas assíntotas, havendo entre estas
uma curva que irá migrando de um para outro lado, conforme as experiências e as
hipóteses, o que descreve bem o Método, em particular o método científico.
No
programáquina (programa-máquina) do Balde iremos colocando as densidades dos
átomos e suas moléculas, e das moléculas mais complexas, conforme a Tabela
Periódica, do hidrogênio até os elementos transurânicos. Agora, variando as
condições da Matriz do Balde, mudando as quantidades de uns e outros,
iremos fazer passar ondas virtuais (sônicas, eletromagnéticas) pelas camadas
virtuais, descobrindo com isso as descontinuidades, as separações das camadas
da crosta, a litosfera e astenosfera, do manto, dos núcleos externo e interno,
comparando-as então com as medidas reais já obtidas.
Nós
veremos as descontinuidades mudando de lugar, bem como as camadas alterando-se
em dimensão vertical, quando o Balde virtual seja posto na vertical, como se
estivesse ainda sendo girado (o que podemos fazer, parando-o em modelação
computacional, naquela posição). Abstraindo as camadas, podemos fazer um corte
vertical, como que projetando numa tela, e vendo então, sob pressão e outras
definições físicas e químicas, as camadas fluidificarem e fluírem em volta do
centro. Como temos o diâmetro da Terra, seu volume, sua massa, a densidade de
superfície e média e vários outros dados, será moleza. Ampliando bastante,
veremos cavernas. Como podemos multiplicar por milhões e até bilhões a escala,
ou reduzi-la, podemos ver detalhes internos inacessíveis de outro modo. E, à
medida que as explorações e experiências forem proporcionando novos dados e
novas hipóteses, mais preciso ficará o modelo, até o ponto em que será
virtualmente desnecessário continuar qualquer pesquisa real de profundidade.
Poderemos
ver a migração do petróleo nas rochas virtuais, porque poderemos ver sua ação
sob 1,0 G. Poderemos também modelar outros planetas, seja, Marte, Vênus,
Mercúrio, Júpiter, etc., ou qualquer um de qualquer parte do universo.
Poderemos gerar zilhões de planetas virtuais.
Vitória, quinta-feira, 31 de outubro de
2002.
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