terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Modelações do Balde

 

                            No Livro 8, Modelo do Balde, falei de como podemos usar um balde em rotação para ver as camadas mais para o centro da Terra: substituindo a gravidade pela inércia ao girar o balde hipotético veremos a água formar nas bordas um parabolóide de revolução que é o equivalente ao contrário da esfera.

                            Agora precisamos dar mais um passo.

                            Imagina a Nébula de Formação, a nuvem da qual foram formados os Sol, os planetas terrestróides, os planetas jupterianos, os satélites e os demais objetos. Como está escrito em A Posteridade do Modelo, primeiro bloco das posteridades, no texto 1, Modelo Cosmogônico Solar, para a Terra e os planetas interiores ficaram os átomos e as moléculas mais pesadas, de modo que se a densidade média da Terra é de cerca de 5,8 kg/dm3, na superfície é de menos de três, ao passo que nas profundezas é de 13 ou 15.

                            Com o MODELO DO BALDE (que é cognato de Terra) podemos saber PRECISAMENTE onde se encontra o quê e em que proporção. Coloquemos à esquerda a realidade (obtida da experiência) como uma assíntota do melhor acordo possível e à direita a verdade aproximativa virtual, assíntota também da reta, que sofrerá sucessivas aproximações hipotéticas, isto é, derivadas das hipóteses.

                            Teremos uma reta vertical e à esquerda e à direita duas assíntotas, havendo entre estas uma curva que irá migrando de um para outro lado, conforme as experiências e as hipóteses, o que descreve bem o Método, em particular o método científico.

                            No programáquina (programa-máquina) do Balde iremos colocando as densidades dos átomos e suas moléculas, e das moléculas mais complexas, conforme a Tabela Periódica, do hidrogênio até os elementos transurânicos. Agora, variando as condições da Matriz do Balde, mudando as quantidades de uns e outros, iremos fazer passar ondas virtuais (sônicas, eletromagnéticas) pelas camadas virtuais, descobrindo com isso as descontinuidades, as separações das camadas da crosta, a litosfera e astenosfera, do manto, dos núcleos externo e interno, comparando-as então com as medidas reais já obtidas.

                            Nós veremos as descontinuidades mudando de lugar, bem como as camadas alterando-se em dimensão vertical, quando o Balde virtual seja posto na vertical, como se estivesse ainda sendo girado (o que podemos fazer, parando-o em modelação computacional, naquela posição). Abstraindo as camadas, podemos fazer um corte vertical, como que projetando numa tela, e vendo então, sob pressão e outras definições físicas e químicas, as camadas fluidificarem e fluírem em volta do centro. Como temos o diâmetro da Terra, seu volume, sua massa, a densidade de superfície e média e vários outros dados, será moleza. Ampliando bastante, veremos cavernas. Como podemos multiplicar por milhões e até bilhões a escala, ou reduzi-la, podemos ver detalhes internos inacessíveis de outro modo. E, à medida que as explorações e experiências forem proporcionando novos dados e novas hipóteses, mais preciso ficará o modelo, até o ponto em que será virtualmente desnecessário continuar qualquer pesquisa real de profundidade.

                            Poderemos ver a migração do petróleo nas rochas virtuais, porque poderemos ver sua ação sob 1,0 G. Poderemos também modelar outros planetas, seja, Marte, Vênus, Mercúrio, Júpiter, etc., ou qualquer um de qualquer parte do universo. Poderemos gerar zilhões de planetas virtuais.
                            Vitória, quinta-feira, 31 de outubro de 2002.

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