Microtransportes
Há
uma piada assim: “Senhores passageiros, aqui quem vos fala é o comandante
Jonas. A temperatura a bordo permanecerá nos 21º C, o tempo estimado de chegada
é de seis horas e quarenta minutos. O avião comporta três andares, no superior ficando
as salas de observação, de passeio, os restaurantes, os bares. No médio ficarão
confortavelmente sentados três mil e quinhentos passageiros. No nível inferior
está o estádio, o ginásio, piscinas e outros confortos. O avião dispõe de 250
toneladas de combustível. Senhores passageiros queiram afivelar os cintos e
permanecerem sentados que eu vou tentar levantar essa merda do lugar”.
Enfim,
o gigantismo dos objetos é risível.
Os
meios de transporte eram grandes, obrigatoriamente, porque deviam comportar
PELO MENOS o piloto, o motorista, o condutor. Agora, que existem os GPS, os
computadores, a telemática, a cibernética, qual a razão disso? Então, lá nas
patentes, comecei a pregar a construção de aparelhos pequenos, conduzidos desde
longe. Podemos imaginar o tempo em que um lado conduzirá metade e pouco mais do
trajeto, enquanto outro receberá com protocolo de passagem, termo de
transferência na metade e mais um pouco, durante uma faixa ambos estando no
controle, por exemplo, entre Brasil e França.
Os
meios de transporte só levariam mesmo suas cargas e a computação embarcada,
indo a velocidades muito maiores, não pressurizados, quase uma grade voadora,
no caso de aviões, com uma cobertura que apenas livre do calor do Sol, lugar
somente para as cargas. Trens, caminhões, navios, aviões, o que for, podem ir
livres de seres humanos, estes sim, ido em aviões e transportes comuns, sem
cargas.
Veja
só que economias formidáveis seriam geradas!
Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de
2002.
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