domingo, 1 de janeiro de 2017


Microtransportes

 

                            Há uma piada assim: “Senhores passageiros, aqui quem vos fala é o comandante Jonas. A temperatura a bordo permanecerá nos 21º C, o tempo estimado de chegada é de seis horas e quarenta minutos. O avião comporta três andares, no superior ficando as salas de observação, de passeio, os restaurantes, os bares. No médio ficarão confortavelmente sentados três mil e quinhentos passageiros. No nível inferior está o estádio, o ginásio, piscinas e outros confortos. O avião dispõe de 250 toneladas de combustível. Senhores passageiros queiram afivelar os cintos e permanecerem sentados que eu vou tentar levantar essa merda do lugar”.

                            Enfim, o gigantismo dos objetos é risível.

                            Os meios de transporte eram grandes, obrigatoriamente, porque deviam comportar PELO MENOS o piloto, o motorista, o condutor. Agora, que existem os GPS, os computadores, a telemática, a cibernética, qual a razão disso? Então, lá nas patentes, comecei a pregar a construção de aparelhos pequenos, conduzidos desde longe. Podemos imaginar o tempo em que um lado conduzirá metade e pouco mais do trajeto, enquanto outro receberá com protocolo de passagem, termo de transferência na metade e mais um pouco, durante uma faixa ambos estando no controle, por exemplo, entre Brasil e França.

                            Os meios de transporte só levariam mesmo suas cargas e a computação embarcada, indo a velocidades muito maiores, não pressurizados, quase uma grade voadora, no caso de aviões, com uma cobertura que apenas livre do calor do Sol, lugar somente para as cargas. Trens, caminhões, navios, aviões, o que for, podem ir livres de seres humanos, estes sim, ido em aviões e transportes comuns, sem cargas.

                            Veja só que economias formidáveis seriam geradas!
                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

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