Modelos Moleculares em Museus
Os
americanos têm isso, não é? - de colocarem museus de tudo, no quê estão
certíssimos. Não sei se europeus e japoneses os seguem nesse exemplo
fundamental, mas pelo menos vemos nos filmes e documentários museus de tudo nos
EUA.
Nesse
todo estão os museus com modelos moleculares.
Se
não há a grande piscina com o trampolim altíssimo, como as pessoas se sentirão
estimuladas a saltar? Não há como realizar grandes saltos de um trampolim de
três metros de altura - é até ridículo. Portanto, criando os modelos
moleculares na Química e na Física, especialmente na primeira, é possível
empurrar as crianças PARA ALÉM, porque ninguém irá produzir o que já existe,
pois seria vaiado.
Não
admira mesmo nada que o Prêmio Nobel seja agora um encontro anual de
americanos, mais alguns penetras.
Sendo
a Química essa extraordinária potência, dividida em Química Orgânica e Química
Inorgânica, podemos ter dois supersetores. Podemos falar de Química S18, S19,
S20 e S21, compreendendo os séculos, mais uma Química pré-18, que englobaria o
resto. Computadores, documentários, maquetes de plantas de fábricas, o que elas
produzem, a indústria do petróleo e dos plásticos (inclusive Tupperware e
correlatos), as escolas no Brasil e fora, os anos de formação, a grade
curricular, os ganhos, as escolas de farmácia e bioquímica, a genética química,
o Projeto Genoma Humano, os outros genomas, o ADRN – assuntos não faltarão.
E
creio mesmo que os estados todos deveriam montar cada um seu espaço, convidando
os professores a dar palestras todos os dias, levando os alunos das escolas,
recebendo empresários, enfim, fazendo prosperar a Química a níveis
estratosféricos.
Essa
é a diferença entre a prosperidade americana e o atraso geral do mundo, menos
de alguns que os copiam de perto: os americanos popularizam, tornam o
conhecimento um gosto, uma alegria, um contentamento PÚBLICO, para o povo. Isso
é verdadeira democracia, e não aqueles anúncios dela, feitos da boca para fora.
Com atos concretos. Isso, sim, nós podemos aplaudir.
Vitória,
sexta-feira, 11 de outubro de 2002.
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