terça-feira, 17 de janeiro de 2017


Mestre dos Desejos

 

                            Numa certa propaganda vê-se crianças brincando e mães sentadas à mesa. Sendo de filmes fotográficos destinados a preservar o fugidio momento da forma, uma das mães olha a foto e diz: “gostaria que meu filho nunca crescesse”. É lógico que às vezes as pessoas dizem isso, sem nenhuma malícia, sem qualquer expectativa ruim. Acontece que o pedido pode levar à morte da criança, porque esse é o jeito de ela NUNCA CRESCER.

                            Outrora, uns 30 anos atrás, foi apresentada uma série em que se mostrava a conseqüência dos desejos, até já comentei certo episódio do seriado. Mais recentemente, na série de filmes Mestre dos Desejos (cada um mais ridículo do que o outro, porque o assunto não é levado a sério), agora no número 4.

É preciso tratar o assunto com profundidade.

                            Há duas maneiras de fazer isso:

1)      Através da imaginação dos autores, recorrendo apenas às suas experiências de vida, àquilo de que se lembram;

2)     Por meio de enquetes, perguntas feitas ao público, continuamente, abordando as necessidades de cada um, conforme são manifestadas em pedidos ou desejos.

Os desejos são como uma loteria, sonhos de que vivem as pessoas pensando em deixar de trabalhar. Seria edificante se nossos anseios se realizassem sem que trabalhássemos por eles? Precisamos ser curados dessa mania de desejos. Devemos fazer as coisas através de trabalho, realizar-nos pelo retorno por serviços prestados. De repente os deuses e demônios se divertem realizando as aspirações das pessoas. Como diz o ditado, ruim não é quando os desejos não são realizados, mas quando o são.

Vitória, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002.

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