Mestre dos Desejos
Numa
certa propaganda vê-se crianças brincando e mães sentadas à mesa. Sendo de
filmes fotográficos destinados a preservar o fugidio momento da forma, uma das
mães olha a foto e diz: “gostaria que meu filho nunca crescesse”. É lógico que
às vezes as pessoas dizem isso, sem nenhuma malícia, sem qualquer expectativa
ruim. Acontece que o pedido pode levar à morte da criança, porque esse é o
jeito de ela NUNCA CRESCER.
Outrora,
uns 30 anos atrás, foi apresentada uma série em que se mostrava a conseqüência
dos desejos, até já comentei certo episódio do seriado. Mais recentemente, na
série de filmes Mestre dos Desejos
(cada um mais ridículo do que o outro, porque o assunto não é levado a sério), agora
no número 4.
É
preciso tratar o assunto com profundidade.
Há
duas maneiras de fazer isso:
1) Através da imaginação dos autores,
recorrendo apenas às suas experiências de vida, àquilo de que se lembram;
2) Por meio de enquetes, perguntas feitas
ao público, continuamente, abordando as necessidades de cada um, conforme são
manifestadas em pedidos ou desejos.
Os desejos
são como uma loteria, sonhos de que vivem as pessoas pensando em deixar de
trabalhar. Seria edificante se nossos anseios se realizassem sem que
trabalhássemos por eles? Precisamos ser curados dessa mania de desejos. Devemos
fazer as coisas através de trabalho, realizar-nos pelo retorno por serviços
prestados. De repente os deuses e demônios se divertem realizando as aspirações
das pessoas. Como diz o ditado, ruim não é quando os desejos não são
realizados, mas quando o são.
Vitória,
quarta-feira, 18 de dezembro de 2002.
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