Memória dos
Políticos
Quem deseje entrar
na política deve ter uma memória extraordinária, prodigiosa, para lembrar os
nomes das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundo, o que vai ficando cada vez mais
fácil, neste caso, em razão da redução do número de conjuntos, ou porque,
quando se está indo a uma cidade o nome dela surge espontaneamente, como parte
do percurso).
Aí
mirar passado, presente e futuro, como programado, o que exige uma pequena
biografia ou até “tarefagrafia”, a contagem das tarefas. Antes da computação
isso seria muito difícil, em todo caso trabalhoso demais, manter fichários
atualizados, tarefa que competia a secretárias, diligentes ou não. Agora
pode-se profissionalizar, tendo-se um computador em casa, outro no escritório e
um notebook (ou agenda) de viagem, fazendo-se as anotações e enviando por
e-mail (correio eletrônico) para si mesmo ou outro computador remoto. MAS
NUNCA, NUNCA MESMO, sob condição nenhuma mesmo, anotar julgamentos de valor,
ainda que por códigos, porque tudo vaza, em algum momento, ou o candidato
permanente pode ser traído por uma secretária ciumenta (sexualmente, real ou
imaginária tendência, ou por negação acidental ou não de precedência, ou de que
modo for – mulheres magoadas são terríveis).
Anotações
das tarefas recebidas ou incumbidas são fundamentais, com espaço e tempo, ou
seja, data e lugar, a quem, por quê, as perguntas dos jornalistas: QUEM (figura
ou psicanálises), POR QUÊ (objetivo ou psico-sínteses), COM QUÊ (produções ou
objetos ou economias), COMO (organizações ou sociologias), QUANDONDE
(espaçotempos ou geo-histórias). Seria bom se houvesse o lançamento de um
CÍRCULO DE EXCLUSÃO telefônico, para receber em tal ou qual ocasião esta ou
aquela figura, mas isso, a menos que levado com cuidado, seria perigoso.
Tarefas
junto aos partidos, histórico das próprias presenças, discursos catalogados dos
principais políticos do país (com gente paga para tal, ou empresa), avaliação
segura das bandeiras, das chaves, das orientações, como postas no modelo (veja
o artigo Fazendo Política, no Livro
20).
Uma
listagem atualizada dos projetos próprios por seus efeitos ambientais, na
coletividade, e dos julgados mais interessantes à volta. As pessoas às quais
pedir conselhos, anotado-se (sem julgamento, sempre) os projetos delas por sua
importância, como avaliada em círculos numerados sucessivos (0, os a copiar
imediatamente, 1, aqueles que devem ser estudados e modificados, e assim por
diante).
Enfim,
avaliações da Chave do Ser (memória, inteligência e controle) própria e alheia,
bem como da Chave do Ter (matéria, energia e informação) são importantíssimas.
Em
resumo, a Memória geral e particular nunca foram analisadas nem pelos
acadêmicos como pesquisa teórica nem pelos técnicos como desenvolvimento
prático, digamos na forma de uma MP 1.0,
assim como fez a Microsoft (o que renderá dinheiro demais).
Vitória,
quinta-feira, 16 de janeiro de 2003.
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