terça-feira, 24 de janeiro de 2017


Mecânica dos Mapas GH

 

                            Aqueles mapas mecânicos de geo-história, tanto os globos quanto os planisférios nos quais pudéssemos na tela navegar, ligando já com a Internet e os GPS (geo-posicionamento por satélites), iriam possibilitar saltos de qualidade. Teríamos a parte estática, a arte, e a parte dinâmica, a técnica, compondo a tecnarte mecânica. Trabalhando neles estariam as até agora identificadas 22 modalidades tecnartísticas.

                            VISÃO: poesia, prosa, pintura, desenho, moda, fotografia, dança, etc. TATO: cinema, teatro, esculturação, tapeçaria, arquiengenharia, urbanismo, decoração, paisagismo/jardinagem, etc. AUDIÇÃO: música, discurso, etc. OLFATO: perfumaria, etc. PALADAR: comida, bebida, pasta, tempero. Os mapas se abririam de todas essas formas. Com digitação de palavras, com Dicionário incorporado, e pela clicagem de imagens, através da Enciclopédia, com um D/E de palavrimagens (PAL/I) inteiro. Clicando sobre DECORAÇÃO o mapa mostraria tudo que é relativo a isso – os escritórios de decoradores, os nomes das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) que tratem disso nos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo). Seria preciso colocar os mais importantes em degraus (D, C, B e A, o mais elevado, com 0 zero no centro apontando os ótimos entre os ótimos); os preços; os horários de funcionamento; os endereços reais e virtuais; os encarregados, com fotos.

                            Aspiração bem grande seria o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, com seus institutos, universidades, dependências administrativas, seus produtos, os professores de cada área com seus endereços e telefones públicos, custo de tarefas, mensalidades de cursos.

                            Afinal, como constituir um INSTRUMENTO DE APOIO governempresarial, políticadministrativo, pessoambiental a partir dos globos e dos Atlas? Não uma coisa somente estática, como são os mapas de hoje, mas dinâmica, mecânica enfim, como fazer para que os mapas nos programáquinas cativos nos dêem constantemente respostas belúteis (belas e úteis, juntando o útil ao agradável)?

                            A idéia é eu ter pendurado na cintura esse instrumento, uma tela à qual possa recorrer a qualquer instante, PARA TUDO, desde fazer compras a procurar farmácias nos arredores, de buscar divertimento a oficinas de bicicletas, de caçar bares a indústrias deste ou daquele produto. Não seria mais uma coisa só de estudantes, mas de professores, de empresários, de donas de casa, de trabalhadores, de governantes, de todos, desde a mais tenra infância até a mais profunda velhice, para acompanhar as pessoas durante a vida inteira, como Atlas 1.0 ou Globo 1.0. Já sendo telefone, vídeo-fone, computador, jogo, etc.

                            Mas, primordialmente sendo um MAPA DE GEO-HISTÓRIA, recuando e avançando no tempo, no presente posicionando os quatro cantos da Terra. Se a família precisa de escola para os filhos, onde encontrá-las, quais as mensalidades que estarão dentro do orçamento, quais os serviços oferecidos? Se quero vender minha produção de mamão, onde estão os mercados? Quem foi Carlos Martel e qual a sua marcha na geo-história de sua época? Quais as conseqüências da guerra-fria na socioeconomia da extinta União Soviética? Até onde se insinua a influência da Coca-Cola no mundo e onde ficam suas filiais e matriz?

                            Podemos incorporar milhões de dados, indo muito além dessas enciclopédias eletrônicas que são oferecidas. Agora teríamos uma supermemória na retaguarda, ao invés de um CD de 650 megas como limitação. Trilhões de terabites de memória à disposição de um clique, com atualização permanente, não apenas jogando os dados como gotas desordenadas num oceano indevassável de info-controle, mas colocando tudo ordenadamente em boxes, em caixas perfeitamente dispostas, conforme os desejos dos usuários. Mil Microsoft, um milhão delas, um superprojeto que será um dos maiores que a humanidade pode tentar.

                            Vitória, domingo, 12 de janeiro de 2003.

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