terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Mapas Tecnartísticos

 

                            Vejamos os tecnartistas.

                            Da visão: moda, dança, poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, etc. Da audição: música, discurso, etc. Do olfato: perfumaria, etc. Do paladar: comida, bebida, pasta, tempero, etc. Do tato: arquiengenharia, esculturação, urbanismo, paisagismo/jardinagem, decoração, tapeçaria, cinema, teatro, etc.

                            Se você precisar de algum deles, onde o encontrará? E geralmente pensamos nos artistas, que separamos de suas técnicas, não nos técnicos, dos quais nem pensamos em sua arte. Onde estão os profissionais (e os amadores) das 6,5 mil profissões? Não existem catálogos qualitativos nem quantitativos. Não ficamos sabendo dos preços de suas tarefas, suas disponibilidades de tempo, seus graus de formação, onde apresentaram suas obras (referências práticas & teóricas de desenvolvimento & pesquisa), onde se formaram, que instrumentos, máquinas, aparelhos usam, se há colegiados, se estão filiados a sindicatos, seus endereços reais e virtuais, onde apareceram na mídia, seus currículos ou realizações. Não sabemos mesmo nada.

                            Se olharmos um mapa ou cartografia (que é a parte baixa da geografia) não poderemos estabelecer os laços ou vínculos históricos (que são os do jornalismo alto). Nada há num mapa que nos mostre onde eles poderiam ser encontrados, não há referências a eles, é como se não existissem como pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) ou ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo). Não é mostrada a densidade pessoambiental deles. Não podemos ligar por telefone, não podemos fazer tomada de preços, não há mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet) que fale explicitamente deles.

                            Em resumo, passados tantos milênios os tecnartistas encontram-se quase tão desorganizados ou sociologicamente ausentes quanto antes. E os governempresas nem dão bola. Que mundo pobre e atrasado, Jesus!

                            Vitória, segunda-feira, 28 de outubro de 2002.

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