Mapas Tecnartísticos
Vejamos
os tecnartistas.
Da
visão: moda, dança, poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, etc. Da
audição: música, discurso, etc. Do olfato: perfumaria, etc. Do paladar:
comida, bebida, pasta, tempero, etc. Do tato: arquiengenharia,
esculturação, urbanismo, paisagismo/jardinagem, decoração, tapeçaria, cinema,
teatro, etc.
Se
você precisar de algum deles, onde o encontrará? E geralmente pensamos nos
artistas, que separamos de suas técnicas, não nos técnicos, dos quais nem pensamos
em sua arte. Onde estão os profissionais (e os amadores) das 6,5 mil
profissões? Não existem catálogos qualitativos nem quantitativos. Não ficamos
sabendo dos preços de suas tarefas, suas disponibilidades de tempo, seus graus
de formação, onde apresentaram suas obras (referências práticas & teóricas
de desenvolvimento & pesquisa), onde se formaram, que instrumentos,
máquinas, aparelhos usam, se há colegiados, se estão filiados a sindicatos,
seus endereços reais e virtuais, onde apareceram na mídia, seus currículos ou
realizações. Não sabemos mesmo nada.
Se
olharmos um mapa ou cartografia (que é a parte baixa da geografia) não poderemos
estabelecer os laços ou vínculos históricos (que são os do jornalismo alto).
Nada há num mapa que nos mostre onde eles poderiam ser encontrados, não há
referências a eles, é como se não existissem como pessoas (indivíduos,
famílias, grupos, empresas) ou ambientes (municípios/cidades, estados, nações e
mundo). Não é mostrada a densidade pessoambiental deles. Não podemos ligar por
telefone, não podemos fazer tomada de preços, não há mídia (TV, Rádio, Revista,
Jornal, Livro e Internet) que fale explicitamente deles.
Em
resumo, passados tantos milênios os tecnartistas encontram-se quase tão
desorganizados ou sociologicamente ausentes quanto antes. E os governempresas
nem dão bola. Que mundo pobre e atrasado, Jesus!
Vitória,
segunda-feira, 28 de outubro de 2002.
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