quinta-feira, 5 de janeiro de 2017


Listas de 100

 

                            Comprei os livros: 1) As 100 Maiores Personalidades da História, 5ª. Edição, Rio de Janeiro, Difel, 2002, de Michael H. Hart; 2) Os 100 Livros que Mais Influenciaram a Humanidade (A História do Pensamento dos Tempos Antigos à Atualidade), Rio de Janeiro, Difel, 2002, de Martin Seymour-Smith; 3) Os 100 Maiores Cientistas da História, Rio de Janeiro, Difel, 2002, de John Simmons.

                            Estão pipocando esses livros de 100. Para além da crítica que possa ser feita a eles, o que farei depois, tendo tempo, há a pergunta: de quantos modos podemos abordar listas de 100, de modo a esgotar o assunto? O modelo respondeu, mas agoraqui irei citá-lo apenas parcialmente, porque seria muito extenso.

                            Pelo lado do Conhecimento geral teríamos:

a)     Os 100 dos conhecimentos altos: 100 maiores mágicos, 100 maiores teólogos, 100 maiores filósofos e 100 maiores cientistas (que já foi feito);

b)    Os 100 dos correspondentes conhecimentos baixos: 100 maiores artistas, 100 maiores religiosos, 100 maiores ideólogos, 100 maiores técnicos;

c)     Os 100 maiores matemáticos.

Só aí são 900.

Depois, nas 6,5 mil profissões poderíamos estudar, a modo de esgotar mesmo o assunto, para instruir os respectivos setores, 6.500 x 100 = 650 mil personalidades. Na Chave do Labor teríamos: os 100 maiores operários, os 100 maiores intelectuais, os 100 maiores financistas, os 100 maiores militares, os 100 maiores burocratas. Na Chave do TER: os 100 mais ricos (porque, quem se interessa pelos 100 mais pobres?). Na Chave Econômica: os 100 maiores agropecuaristas/extrativistas, os 100 maiores industriais, os 100 maiores comerciantes, os 100 maiores dos serviços, os 100 maiores banqueiros.

No que tange aos tecnartistas: da VISÃO: 100 maiores pintores, 100 maiores poetas, 100 maiores desenhistas, 100 maiores fotógrafos, 100 maiores dançarinos, 100 maiores modistas, 100 maiores prosódicos, etc. Da AUDIÇÃO: 100 maiores músicos, 100 maiores discursadores, etc. Do PALADAR: 100 maiores preparadores de comidas, 100 maiores preparadores de bebidas, 100 maiores preparadores de pastas, 100 maiores preparadores de temperos, etc. Do OLFATO: 100 maiores perfumistas. Do TATO: 100 maiores arquiengenheiros (que podem ser 100 maiores arquitetos e 100 maiores engenheiros), 100 maiores cinematografistas, 100 maiores teatrólogos, 100 maiores urbanistas, 100 maiores decoradores, 100 maiores paisagistas (com os 100 maiores jardineiros), 100 maiores escultores, 100 maiores tapeceiros, etc.

Veja que a coisa vai prosperando. Embora possa parecer que eu esteja encompridando para ridicularizar, não é o caso; de fato eu aprecio tremendamente o esforço dos que se elevaram a ponto de excelência, ou pelo menos tentaram, em vez de se deixar ficar na linha da mediocridade geral.

Poderíamos ir muito mais longe.

Há trabalho para milhares de pesquisadores, que vasculhariam o passado da humanidade em busca desse capital de excelência humana. Os 100 maiores ou melhores de fato devem ter seu prêmio, que é o julgamento da posteridade. Isso tudo está sujeito a modificações, digamos a cada 25 anos, para introduzir uns e retirar outros, porque nosso julgamento de valor vai mudando. De mais a mais, se for uma pessoa só que faça o levantamento, muitas listas diferentes surgirão, e até polêmicas, para incluir este ou aquele, e retirar outros. Enfim, não é, nem de longe, atividade desprezível, porque educativa.

Vitória, segunda-feira, 18 de novembro de 2002.

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