Língua dos Golfinhos
O
Houaiss eletrônico possui um recurso, “vozes dos animais”, que naturalmente é
muito interessante. As baleias bufam, as ariranhas regougam, os bisões bramem
ou mugem, os burros azurram ou relincham, os caburés piam ou silvam, os flamingos
roncam, os pavões gritam ou pupilam, os sapos coaxam ou grasnam, e assim por
diante. Entrementes, distintamente, não há a voz do golfinho.
Contudo,
na Rede ou Língua dos Cognatos, percebi que todos os seres falam realmente a
mesmíssima língua, seja na Terra seja a 200 milhões de anos-luz.
Conseqüentemente golfinhos e seres humanos falamos a mesma Língua universal,
com torções daqui e dali – como que dialetos da mesma língua pai-e-mãe.
Creio
que abordaram erradamente a questão, tentando achar os vocábulos próprios e a
sintaxe que constrói as frases do golfinhês, por assim dizer. Ou seja, formas e
conceitos, imagens e estruturas, formestruturas. Palavras do dicionário e
imagens da enciclopédia. As palavras do Dicionário têm de coincidir, é claro, são
conceitos tirados do mesmo e único Universal. Contudo, cada um introduz o caos
de imagens em sua forma particular de língua, seu dialeto animal. As baleias
falam horas seguidas, nunca repetindo uma nota.
Como
eu disse no texto número dois das posteridades, Unidade
de Conceitos para a Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro,
e no três, Para Tocar o Sol (Um Pi/grama Musical),
devem existir quatro notas musicais centrais, duas pseudonotas montadoras e um
centro de onde tudo sai, ou seja, a chamada NOTA FUNDAMENTAL, que é centro do
espalhamento das ondas, o zero de referência. Estou afirmando isso no vazio,
não tenho como mostrar, o que é um teste terrível do modelo.
Para as
baleias, devemos converter as notas em letras, através da Rede Cognata, e então
ler as palavras, ligando-as às imagens que elas querem mostrar. Já os golfinhos
guincham, ou seja, lá o que for, porisso sua língua é direta mesmo, vocálica;
deveremos achar as quatro letras, comparando-as com as nossas, segundo as
séries numéricas esperadas. Depois disso será fácil. E pensar que estivemos
matando esses companheiros racionais!
Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de
2002.
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