Inteligibilidade do Universo
Einstein
dizia que o maior mistério não era entendermos o universo, mas que ele fosse
inteligível. Na realidade isso é um pseudo-dilema, um dilema falso, uma falsa
encruzilhada, desde quando já ser é ser o que entende, mesmo no nível mais
baixo do existir.
As
pirâmides são o desenho de subsistência do pluriverso.
Micropirâmide (campartícula fundamental,
subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos,
corpomente); mesopirâmide (indivíduos,
famílias, grupos, empresas, municípios/cidades, estados, nações, mundos),
enquanto programáquina decifrador; macropirâmide (planetas,
sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados,
universos, pluriverso), enquanto extremo aonde ir. Em conjunto vão do mínimo ao
máximo, necessariamente, pelo menos num dos pontos do infinito. Em algum dos
infinitos universos, UM pelo menos monta a partir da Natureza ao acaso o
necessário Deus, do par oposto/complementar natureza/Deus, Ela/Ele, ELI.
Ora,
havendo uma natureza haverá dentro dela evolução, revolução, reevolução –
avanço, salto, re-avanço. Pode ser que o racional dominante tenha esse desenho
que temos, que pode estar na média, abaixo dela ou acima dela. Haverá
acumulação. Talvez chegue o racional dominante a um beco sem saída, mas num
caso qualquer nalgum universo, pelo menos em um, certamente em 2,5 %, a
mensagem será construída e re-construída.
Criado
o ambiente, a pessoa dentro dele o entenderá.
Pois
o ser humano não é mais o cérebro único, longe disso, muito longe disso.
Através das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nos ambientes
(municípios/cidades, estados, nações e mundo) uma FORMESTRUTURA COMPREENSIVA
vai sendo montada. Ela mesma luta pela sobrevivência, selecionando o ambiente,
sendo selecionada pelo ambiente, selecionando-se, a F/E-C vai se completando,
agoraqui com esses seis bilhões de seres humanos, mais o apoio biológico/p.2, e
todo gênero de memória.
Nós
entendemos o universo. E ele é inteligível PORQUE somos um contramolde seu, em
“total” paralelo com ele, em diálogo-de-mundo através dos sentidos externinternos.
O universo também nos entende. Nós o mensuramos com o nosso fazer e ele nos
mensura também, em correspondência biunívoca, “pau-a-pau”, como diz a gíria.
Talvez seja uma dupla-linha que vai corretamente do começo ao fim, talvez ela
se curve sobre si e nunca alcance a compreensão final. Talvez seja uma linha
minimax, talvez até uma linha minimax total, o maior rendimento possível, indo
do começo ao fim em tempo mínimo.
Independente
de ser ou não, SEMPRE o universo vai ser entendido, mais ou menos. Porque estar
vivo, SER, já é entender. Não entender é não-ser, e isso também existe, 2,5 %
do tempespaço. Há possibilidades no Espaço de Configurações que
nunca viram surgir universos. Toda vez que eles surgem, nos casos em que o SER
emergir haverá fatalmente entendimento, porque entendimento é colado a SER. Os
vombates não entendem o universo? Claro que sim, à maneira vombatiana. E os
társios? E as équidnas? E os pica-alpinos? E os ocapis? E as zebras?
Portanto,
entender o universo é o mesmo que SER. Entrementes, nem todos são
suficientemente espertos para entender COMPLETAMENTE o universo. É aí que
entram os maiores criadores, como Einstein e outros. A alegria vem tanto de
existir uma base que trabalha para os que acima estão tenham tempo de
compreender, quanto quando estes entendem que compreendem por aqueles também.
Vitória,
domingo, 13 de outubro de 2002.
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